Livros: Partindo das histórias do avô, Sandro William Junqueira escreve verdades até elas se tornarem uma bela ficção
Sandro William Junqueira partiu das histórias do seu avô materno — figura literária excelentíssima — para em “Emídio e Ermelinda” criar uma máquina ficcional de enorme potência, agilidade e rasgo
Livros: Partindo das histórias do avô, Sandro William Junqueira escreve verdades até elas se tornarem uma bela ficção
Há pessoas reais que têm vidas mais aventurosas e um perfil mais literário do que muitas personagens de ficção. Emídio Gomes da Silva, o avô materno do escritor Sandro William Junqueira, foi uma dessas pessoas. Nascido numa família muito pobre, de uma aldeola perto de Aljubarrota, cedo afirmou a sua diferença em relação aos irmãos, ao pai (um tanoeiro “bondoso, sempre a fumar provisórios”), aos vizinhos e a todos os homens das redondezas. Era um rapaz muito bonito — olhos cinzentos, bigodinho à Errol Flynn sempre a desatinar as moças —, espertíssimo, com jeito para os negócios e para as “intrujices” em proveito próprio. O arquétipo do fura-vidas que só segue um mandamento: “atropela a vida antes que seja ela a atropelar-te”.
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