Texto promulgado pelo Presidente ucraniano não prevê um período de desmobilização para os soldados. Rússia está convidada a fazer-se representar nas comemorações do 80.º aniversário do desembarque dos aliados na Normandia, mas não através da presença de Vladimir Putin. Eis o essencial do que se passou nesta terça-feira
Zelensky assina lei para mobilizar mais tropas, Putin não é bem-vindo em cerimónia francesa: o que marcou o 784.º dia de guerra
O Presidente ucraniano promulgou uma lei para mobilizar mais tropas face à invasão russa, um texto considerado polémico por não prever um período de desmobilização para os soldados. O documento foi apresentado nesta terça-feira a Volodymyr Zelensky, que o assinou, indica uma nota publicada na página na internet do Parlamento ucraniano. A Ucrânia, que enfrenta uma escassez de soldados voluntários, estava a trabalhar no texto há vários meses.
O líder ucraniano diz ter informações dos serviços secretos de que a Rússia tentará intensificar os ataques na frente nas próximas semanas. “É óbvio que a loucura do Kremlin continua a ser desencadeada e o ocupante tentará intensificar os seus ataques e ações ofensivas”, afirmou Zelensky.
Já a Rússia será convidada para as comemorações do 80.º aniversário do desembarque dos aliados na Normandia, em junho, mas o convite não se estende ao Presidente russo devido à invasão da Ucrânia, anunciou a organização francesa. “Dadas as circunstâncias, o Presidente Putin não será convidado a participar nas comemorações do desembarque na Normandia”, referiu a Missão de Libertação, acrescentando que “a Rússia será, no entanto, convidada a fazer-se representar pela importância do empenho e dos sacrifícios dos povos soviéticos, bem como a sua contribuição para a vitória de 1945, sejam honradas”.
Outras notícias do dia:
⇒ O Presidente chinês, Xi Jinping, transmitiu ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o apoio de Pequim à “convocação atempada” de uma “conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia com a participação de todas as partes”.
⇒ Scholz defendeu, no encontro com Xi Jinping, um acordo com a China sobre a melhor forma de alcançar uma “paz justa” na Ucrânia. “A guerra de agressão russa na Ucrânia e o armamento da Rússia estão a ter um impacto negativo muito significativo na segurança da Europa. O conflito afeta diretamente os nossos interesses fundamentais”, destacou o chanceler alemão.
Olaf Scholz recebido por Xi Jinping em Pequim
⇒ Zelensky considera que a China pode assumir um “papel ativo”. “Estou convencido de que a primeira cimeira mundial de paz na Suíça pode abrir caminho para uma paz justa para a Ucrânia. O papel ativo da China pode certamente acelerar o nosso progresso neste caminho”, escreveu o Presidente ucraniano nas redes sociais.
⇒ O Ministério da Defesa da Ucrânia revelou que cerca de 300 ucranianos foram mortos e 667 ficaram feridos por minas e explosivos que as tropas russas espalharam por grande parte do país. As autoridades ucranianas confirmaram cerca de 660 incidentes envolvendo engenhos explosivos, especialmente durante a fase inicial da invasão, que começou em fevereiro de 2022.
⇒ O comissário ucraniano para os direitos humanos anunciou que cerca de 37 mil civis e soldados estão desaparecidos desde o início da invasão russa, número incompleto devido à ocupação de cerca de 20% do território. Os valores “podem ser muito mais elevados”, alertou Dmytro Loubinets.
⇒ Uma vaga de mau tempo deixou dezenas de milhares de ucranianos sem energia, após ataques russos terem danificado as principais centrais elétricas do país, com o Presidente ucraniano a lamentar a falta de munições para proteger estas infraestruturas. “Devido ao mau tempo, 173 localidades em quatro regiões estão sem eletricidade”, afirmou o Ministério da Energia ucraniano em comunicado.
⇒ Os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram a prisão de um cidadão russo por alegada tentativa de assassinato de um ex-oficial dos serviços de segurança ucranianos, que ficou ferido num atentado com carro armadilhado. O detido “fez explodir o carro” por “ordem dos serviços especiais ucranianos”, indicou o FSB em comunicado.
⇒ A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos vai votar esta semana planos separados de ajuda militar à Ucrânia e a Israel, depois de meses de bloqueio, disse o líder da câmara baixa do Congresso. “Esta semana, iremos considerar projetos de lei separados”, incluindo aqueles para “financiar o aliado israelita” e “apoiar a Ucrânia na guerra contra a agressão russa”, declarou o republicano Mike Johnson.
Pode ainda recordar os principais acontecimentos de segunda-feira aqui.
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