Dérbis que custam uma fase final: foram três e caíram todos para o mesmo lado

Dérbis que custam uma fase final: foram três e caíram todos para o mesmo lado

Qualquer dérbi é especial. Seja de que terra for, em que modalidade seja ou a importância desportiva que tenha. Em termos emocionais não é quantificável. Mas, para além daqueles que se inserem nas finais de campeonato, há uns mais cardíacos que outros.

Falamos dos dérbis das Taças. Aqueles em que, neste caso, Sporting e Benfica sabem que é definitivo naquela prova. Ou se mata ou se morre. Quem perde é eliminado, vai para casa. É o caso do dérbi desta segunda-feira, que se insere num contexto não muito habitual no futsal português. Porque assim ditaram os sorteios…

Gonçalo Alves decidiu o primeiro dérbi da Taça de Portugal @DRSobre os jogos fora fases finais concentradas já falámos em artigos lançados nos últimos dias – eis a história e uma curiosidade impactante. Mas em termos práticos, este dérbi dos oitavos de final vai tirar um dos grandes da fase final concentrada da Taça de Portugal. Um aspeto que nos fez mergulhar na nossa base de dados.

O ponto de partida foi simples: quantas vezes um dérbi tirou a um dos rivais da Segunda Circular a presença numa fase final concentrada? Respondemos já, de forma direta: três vezes. E todas acabaram da mesma forma: Sporting a seguir em frente e Benfica fora da fase final concentrada.

A primeira vez aconteceu logo no primeiro ano de existência da modalidade na Luz. Na velhinha Nave de Alvalade, o Sporting, nas grandes penalidades, eliminaria – com golo de Gonçalo Alves a decidir – o Benfica após um empate a cinco bolas e seguia para a final four que se realizou, nesse ano de 2002, em Penafiel.

Dérbi da Taça no Pavilhão Atlântico @DRDuas épocas depois o embate foi na III Eliminatória, com os leões a vencerem, no Pavilhão Atlântico, por 4-1. Já a última vez data da época 2007/08, quando o Sporting de Paulo Fernandes foi vencer à Luz, na II Eliminatória, o Benfica por 0-2.

De lá para cá, porém, outros dérbis houve em fases não tão adiantadas da Prova Rainha. Mas aqui há que explicar que a Taça de Portugal já teve vários formatos e nas três vezes que o Benfica eliminou o Sporting antes da final… não houve fase final concentrada. Aconteceu em 2008/09 (II Eliminatória), 2009/10 (quartos de final) e em 2011/12 (quartos de final).

Em jeito de conclusão, percebemos, assim, que em anos de fase final concentrada (seja em final four – de 1997/98 a 2007/08 e de 2012/12 a 2014/15 – ou final eight – de 2015/16 à atualidade), o Sporting nunca foi eliminado da Taça pelo Benfica. Isto porque entre 2008/09 e 2011/12, período em que o Benfica eliminou três vezes o Sporting, não houve fase final concentrada.

E os intrusos desta história?

Há mais protagonistas nesta história. É que em três épocas seguidas (2002 a 2005) o Sporting falhou a final four da Taça de Portugal ao cair com equipas que não o Benfica: SC Coimbrões em 2003 (III Eliminatória) e Freixieiro em 2004 e 2005 (quartos de final e oitavos, respetivamente).

Mais tarde, em 2013/14, a AD Fundão (16 avos de final) custou a final four ao Sporting e de lá para cá não mais os leões falharam uma fase final concentrada. No caso do Benfica só uma equipa que não o eterno rival afastou as águias de uma fase final concentrada da Prova Rainha: foi o SC Braga, nos quartos de final de 2012/13.