Aeroporto de Hong Kong (AP)
Os familiares ficaram aliviados por os verem chegar a Lisboa, mas muitos dos portugueses que chegaram a Portugal esta terça-feira vindos do Irão vieram chateados. Tiveram de vir por indicações diplomáticas portuguesas, depois do ataque iraniano a Israel ter aumentado a tensão e a ameaça de um guerra ainda mais alargada no Médio Oriente.
“Nós queríamos ficar lá, não há nada. Nós soubemos pelas famílias que mandaram as piores notícias que estavam a ser passadas em Portugal e nós lá e não há nada, está tudo normal”, disse uma turista portuguesa à CNN Portugal, que embarcou numa viagem de 11 dias pela antiga Pérsia, juntamente com um grupo com idades acima dos 60 anos, que agora regressa.
Em solo iraniano, não existia “problema absolutamente nenhum”. Comiam, bebiam, passeavam pelas ruas e até “havia uma festa”, conta a mesma turista, que lá estava desde o dia 11 de abril, mas ainda nem a meio da viagem.
Estava tudo “normal” mas voltaram. Porquê? “Por causa do estardalhaço das televisões, vocês fizeram estardalhaço”, atirou um outro membro do grupo à jornalista Andreia Jorge Luís, que acompanhava a chegada.
“Os familiares morreram de susto, estão apavorados a pensar que nós não íamos chegar. Vocês fizeram-nos regressar”, acrescentou a primeira turista portuguesa, garantindo que a vontade do grupo era permanecer no Irão, mas que não teve opção.
O expectável alívio dá assim lugar a “um sentimento de tristeza”, já que “o mais bonito” foi o que ficou por ver. “A embaixada disse para nós regressarmos e nós regressamos, mas com muita pena”, sublinhou outra turista.
O alívio fica para quem recebe o grupo, que descolou de solo iraniano na segunda-feira e que pernoitou em Istambul. “Estou muito aliviado por ver a minha malta cá. Estarem cá é outra coisa”, afirmou um dos familiares de um membro do grupo.
Também David Coelho, da agência de viagens responsável pela aventura dos 11 turistas, relata um ambiente pacífico e confirma: “Eles sentiam-se ótimos lá, o ambiente interno está perfeitamente tranquilo e normal”. “Regressaram porque tem de ser – há iminência de uma guerra. Diante disso temos de proteger as pessoas, não podíamos correr o risco que permanecessem por lá, porque nestas situações abre-se por vezes o espaço aéreo temporalmente e depois encerra-se e começa o conflito”, explicou.
Na segunda-feira, José Cesário descreveu a situação dos portugueses no Irão em direto na CNN Portugal. O secretário de Estado para as Comunidades Portuguesas esclareceu que nessa manhã este grupo tinha partido num voo comercial para Istambul e que daí seguiria para casa, como acabou por acontecer esta terça-feira. Outros oito regressam por via terrestre.
O Irão lançou no sábado à noite um ataque com drones contra Israel a partir do seu território. A ação constituiu uma resposta ao ataque ao consulado iraniano em Damasco, que matou sete pessoas, incluindo um comandante da força Quds. Aguarda-se agora uma retaliação israelita.
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