Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Prepara-te para uma aventura inesquecível enquanto exploras o trilho Xurés, um percurso que promete encantar todos os amantes da natureza e do trekking. Localizado na região fronteiriça entre Portugal e Espanha, mais concretamente no extremo sul da província de Ourense, na Galiza, este parque faz fronteira com cinco municípios portugueses, nomeadamente Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre.

O Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés é o gémeo quase desconhecido do tão famoso, Parque Nacional da Peneda-Gerês. À semelhança do português, é repleto de cascatas, lagoas, bosques, paisagens de montanha de cortar a respiração, diversos trilhos pedestres e ainda termas romanas naturais ao ar livre, com águas quentes e completamente gratuitas.

Por isso, quando pensares em ir ao Gerês, atravessa a fronteira e não hesites em visitar o Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés.

 

  1. Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés
    1. O trilho Xurés
    2. Trekking: o que é?
    3. Qual é a melhor época para visitar o trilho do Xurés?
    4. O que tem o Parque Natural da Baixa Limia para oferecer?
    5. Cascatas e lagoas: o oásis da biodiversidade
    6. Cascata Corga da Fecha
    7. Cascatas das Poças do Malho
    8. Lagoa do Marinho
    9. Lagoas do Rio Vilameá
    10. Alojamento de férias: onde ficar?
  2. Dicas de segurança e equipamento

Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés

Portugal tem uma beleza singular principalmente quando falamos de paisagens naturais como serras e parques verdes. A verdade é que se quiseres é fácil criar vários roteiros de viagens para dividires as tuas férias por várias zonas de Portugal. Hoje exploramos os encantos da Baixa Limia e do Xurés que, pela proximidade à fronteira ainda te permitem dar um “salto” a Espanha.

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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O trilho Xurés

O trilho Xurés emerge como uma das rotas de trekking mais cativantes do Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés, desdobrando-se em uma série de caminhos que atravessam a fronteira entre Portugal e Espanha.

Este trilho é famoso não só pela sua riqueza natural, mas também pelo património cultural que abraça. Ao longo do percurso, é possível encontrar vestígios de antigas comunidades, como moinhos e pontes de pedra, que contam a história da relação milenar entre o homem e a natureza.

A diversidade do terreno faz com que o trilho Xurés seja uma experiência singular, que apresenta vários desafios para caminhantes de diferentes níveis de habilidade. Desde suaves declives a subidas mais exigentes, cada passo revela novas paisagens e diferentes perspetivas deste ecossistema único.

A flora e a fauna da região são outro ponto alto, com espécies endémicas que despertam a curiosidade de biólogos e entusiastas da natureza. A observação de aves é uma atividade particularmente popular, permitindo aos visitantes um encontro próximo com a biodiversidade local.

Trekking: o que é?

O trekking é uma modalidade de caminhada (curta ou longa) por trilhos e montanhas que unem a atividade física saudável ao contato com a natureza. Por ser uma atividade física de baixo impacto, é um excelente desporto que pode ser praticado por qualquer pessoa e em todas as idades.

As pessoas que praticam trekking aliam o prazer em disfrutar da natureza aos benefícios da atividade física, tentando fugir do stress do dia-a-dia. Para quem não pratica atividade física regularmente, o melhor é fazer algum exercício em caminhadas mais curtas.

Qual é a melhor época para visitar o trilho do Xurés?

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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A melhor época para visitar o Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés é entre abril e outubro, com temperaturas amenas e dias longos. No entanto, as estações de eleição são a primavera e o outono devido ao clima mais ameno tornam-se mais convidativas para a prática de atividades na natureza.

É importante considerar que, durante o inverno, alguns trilhos podem estar inacessíveis devido à neve ou chuvas intensas, enquanto o verão traz consigo um calor que pode tornar a caminhada mais desafiadora. De forma a garantires a segurança e o conforto, recomendamos um planeamento cuidadoso da visita, ou seja, aquisição de equipamento adequado e uma verificação prévia das condições meteorológicas.

O que tem o Parque Natural da Baixa Limia para oferecer?

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Wikimedia commons

Ao embarcar na descoberta do Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés prepara-te para seres surpreendido por uma série de pontos de interesse que enriquecerão a tua experiência. Este percurso é pontilhado por marcos naturais e culturais que não só embelezam a caminhada, mas também contam histórias da região. Do lado português, um dos primeiros destaques é a Aldeia de Pitões das Júnias, conhecida pela sua arquitetura tradicional e o imponente Mosteiro de Santa Maria das Júnias, cujas ruínas evocam séculos de história.

À medida que avanças em território nacional, as paisagens graníticas dos dois parques revelam-se em todo o seu esplendor, com formações rochosas que desafiam a imaginação. As lagoas glaciares, como a famosa lagoa do Marinho, são autênticos oásis de biodiversidade e locais perfeitos para uma pausa refrescante. Não te esqueças de levar a câmara fotográfica para captar a beleza das cascatas, como a Cascata de Fecha de Barjas, também conhecida por Cascata do Tahiti, que é um verdadeiro espetáculo da natureza.

Cascatas e lagoas: o oásis da biodiversidade

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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A Cascata Fecha de Barjas, conhecida por muitos turistas como Cascata do Tahiti, localiza-se perto da aldeia da Ermida, na estrada que liga esta aldeia à localidade de Fafião, em Montalegre.

Com as suas águas provenientes do rio Arado é uma das quedas de água mais deslumbrante do Gerês e cada vez mais procurada por turistas e visitantes da região, o que também obriga a grandes cuidados no acesso e usufruição das suas águas pelos perigos de queda.

O seu acesso é feito a pé pela margem esquerda do rio Arado, mesmo junto à ponte sobre o rio. Depois de alguns minutos a descer por um caminho em terra batida é necessário transpor um segundo rio, o Fafião, para chegar à parte inferior onde é possível visualizar toda a queda de água. A transposição deste rio está dependente do nível do seu caudal

Cascata Corga da Fecha

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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A Cascata Corga da Fecha é alimentada pelas águas de vários ribeiros que se despenham da Serra do Xúres em direção ao rio Caldo, formando várias lagoas simplesmente maravilhosas. Ao longe, consegues ver do Miradouro do Carballón. Se te quiseres aproximar e dar um mergulho, terás de percorrer um troço do Trilho da Corga da Fecha, que segue maioritariamente pela Via Romana XVIII que liga Braga a Astorga.

Cascatas das Poças do Malho

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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Outro encanto para descobrir são as conhecidas como Cascatas das Poças do Malho, tratam-se de 4 cascatas e 4 lagoas seguidas que criam uma paisagem inigualável. Não vais conseguir entrar em nenhuma lagoa, a não ser com uma empresa especializada em Canyoning, mas existe um miradouro que permite vislumbrar a sua beleza e tirar fotografias. O local de paragem indica onde deve deixar o carro, depois terás de seguir um trilho, bem sinalizado, que demora perto de 45 minutos. Parte do trilho será junto ao Rio e terá algumas lagoas para tomar banho.

Lagoa do Marinho

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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Situada a sudeste da Serra do Gerês, dentro da bacia de drenagem do ribeiro do Couce (afluente do rio Cabril), a Lagoa do Marinho é uma área endorreica, ou seja, o escoamento das águas faz-se através de uma depressão interior, sem saída para o mar.

Parte da sua área envolvente está ocupada por uma moreia terminal em forma de arco. As moreias são um amontoado de sedimentos com diversas dimensões, que foram transportados e acumulados pelo glaciar à frente e aos lados da língua glaciar, até quando e onde este se fundiu. Quando observadas ao pormenor, permitem a reconstituição do movimento glaciar, e são um indicador fundamental dos limites de máxima extensão da glaciação. Significa isto que, o limite de um dos glaciares que ocupou a Serra do Gerês, foi a Lagoa do Marinho.

Esta área é ocupada por uma turfeira com cerca de 100 metros de comprimento por 50 metros de largura. Topograficamente, esta lagoa posiciona-se dentro de uma área de relevo aplanado sobre um substracto granítico a cerca de 1200 metros de altitude.

Lagoas do Rio Vilameá

trilho dos xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

Trilho dos Xurés: cascatas e lagoas de cortar a respiração

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As Lagoas do Rio Vilameá são mais um pedacinho do céu no Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés. Ficam localizadas junto ao pequeno povoado de Vilameá e, para além das lindas lagoas e pequenas quedas de água, vais encontrar uma miríade de antigos moinhos de água, onde é possível entrar na maioria deles.

Alojamento de férias: onde ficar?

Após um longo dia a percorrer os caminhos sinuosos do Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés, um bom descanso é fundamental. Felizmente, a região oferece uma gama variada de opções de alojamento que se adaptam a todos os gostos e orçamentos. Desde acolhedores alojamentos locais, conhecidos como turismos rurais, até hotéis mais modernos. Muitas destas opções proporcionam vistas deslumbrantes para a natureza circundante, permitindo que continues a tua imersão na paisagem mesmo após o término das caminhadas.

Para os que procuram uma experiência mais autêntica, existem casas tradicionais restauradas que mantêm o charme rústico, oferecendo ao mesmo tempo comodidades modernas. É importante considerar a proximidade do alojamento aos pontos de início e fim dos trilhos, para facilitar o acesso e maximizar o tempo de exploração. Além disso, muitos estabelecimentos proporcionam informações valiosas sobre o parque e podem ajudar-te a organizar atividades locais, como passeios guiados ou observação de fauna e flora.

Como este parque faz fronteira com cinco municípios portugueses, é possível escolher um deles para ficares hospedado:

Dicas de segurança e equipamento

Antes de embarcares na aventura pelo Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés, é crucial estares bem preparado. A segurança durante a caminhada é uma prioridade, e isso começa com a escolha do equipamento certo. Calçado apropriado para trilhos, com boa aderência e suporte para o tornozelo, é essencial para prevenir lesões. Além disso, a mochila deve ser ergonómica e conter tudo o que necessitas sem pesar demasiado.

Para garantires que a experiência é segura e confortável, é importante levares água suficiente e alimentos energéticos. O clima na região pode mudar rapidamente, portanto, vestuário adequado para diferentes condições meteorológicas é uma necessidade. Lembra-te, também, de incluir um kit de primeiros socorros, mapa da região e uma bússola ou GPS para não te perderes. Estar bem preparado permitirá que desfrutes das maravilhas do parque com a máxima segurança e tranquilidade.

O Parque Natural da Baixa Limia e Serra do Xurés é um tesouro que merece ser explorado com consciência e admiração.

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