Incêndio a bordo. Navio atacado com mísseis ao largo do Iémen

incêndio a bordo. navio atacado com mísseis ao largo do iémen

Um navio foi atacado com mísseis no Golfo de Áden, ao largo do Iémen, provocando um incêndio a bordo, declararam esta quinta-feira as Operações Comerciais Marítimas da Marinha Britânica (UKMTO).

“Um navio foi atacado com dois mísseis, provocando um incêndio a bordo”, indicaram num comunicado as UKMTO, acrescentando que “as forças da coligação responderam” ao ataque.

Foi recomendada “cautela” aos navios que transitam por essa rota marítima estratégica e a agência britânica pediu ainda que fosse “relatada qualquer atividade suspeita” na região.

Na nota, os britânicos esclareceram que o “incidente” ocorreu “70 milhas náuticas a sudeste de Áden”. O comunicado das UKMTO surge depois de o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) ter anunciado que realizou quatro “ataques de autodefesa” e destruiu sete mísseis antinavio, entre outro material militar, em áreas controladas pelos Houthis, todos preparados para serem lançados “em direção ao Mar Vermelho”.O exército israelita afirmou que o sistema de defesa aérea de Israel derrubou esta quinta-feira um míssil perto da sua fronteira sobre o Mar Vermelho e as sirenes foram ativadas na cidade turística de Eilat.

Já a empresa britânica de segurança marítima Ambrey Analytics, revelou que a embarcação em questão é o cargueiro Islander, que navega com pavilhão de Palau e registado no Reino Unido.

A embarcação “parecia estar a dirigir-se de Map Ta Phut, na Tailândia, em direção ao Mar Vermelho”, revelou a Ambrey, acrescentando que “os navios mercantes devem manter-se afastados do Islander”.

Para já, o ataque não foi reivindicado, mas a navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Aden tem sido alvo de ataques dos rebeldes Houthi do Iémen, que dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos no contexto da guerra em Gaza.

Um outro navio, o Rubymar, foi danificado no Golfo de Aden num ataque com mísseis no domingo, reivindicado pelos Houthis.

O cargueiro, com bandeira do Belize, registado no Reino Unido e operado por cidadãos libaneses, transportava fertilizantes combustíveis. Foi abandonado depois de ter sido atingido por dois mísseis e poderá ser rebocado para Djibuti esta semana, disse o seu operador Blue Fleet à AFP na quinta-feira.Os Houthis, apoiados pelo Irão, denunciaram vários ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido às suas posições nos últimos dias e disseram que não serão dissuadidos de continuar a atacar navios israelitas ou ligados a Israel devido à guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

A tripulação foi evacuada para Djibuti depois de um míssil ter atingido o costado do navio, provocando a entrada de água na casa das máquinas. Um segundo míssil atingiu o convés do navio sem causar danos maiores, de acordo com o CEO da Blue Fleet, Roy Khoury.

Os rebeldes Houthi reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, dizendo que o navio corria o risco de se afundar no Golfo de Aden depois de sofrer “danos extensos”.

Roy Khoury disse que o navio ainda estava a flutuar e partilhou uma imagem capturada na quarta-feira mostrando a sua popa afundada. “Vai ser rebocado para Djibouti, o rebocador deve chegar dentro de dois a três dias”.

O site de localização de navios TankerTrackers.com confirmou que o Rubymar não se tinha afundado, mas comunicou uma fuga de fuelóleo.

A Autoridade dos Portos e Zonas Francas do Djibuti disse na rede social X na segunda-feira que “o navio está a transportar 21.999 toneladas métricas de fertilizante IMDG Classe 5.1”, descrevendo-o como “muito perigoso”. “Os membros da tripulação do Rubymar foram retirados com êxito” Os ataques dos Houthi continuaram apesar de os Estados Unidos terem criado uma força multinacional de proteção marítima no Mar Vermelho, em dezembro, e dos repetidos ataques dos EUA e do Reino Unido contra alvos Houthi no Iémen, desde janeiro.

Os Houthis, que inicialmente visavam navios que acreditavam estar ligados a Israel, alargaram os seus ataques a embarcações ligadas aos Estados Unidos ou ao Reino Unido desde que estes dois países lançaram ataques contra o Iémen.

Para além das perturbações comerciais causadas pelos Houthis, o movimento Hezbollah do Líbano tem trocado frequentemente tiros através da fronteira com Israel, enquanto as milícias pró-iranianas atacaram as forças americanas no Iraque. Na segunda-feira, a União Europeia anunciou o lançamento da sua própria missão de proteção marítima, prevista para um ano e eventualmente renovável.

Na quarta-feira, os Estados Unidos realizaram quatro novos ataques no Iémen contra sistemas de mísseis pertencentes aos Houthis iemenitas, segundo o Centcom, o comando militar americano para o Médio Oriente.

c/ agências internacionais

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