O Ministro do Comércio da China pediu hoje ao homólogo dos Países Baixos que seja mantida “a normalidade” no comércio de máquinas litográficas para produção de semicondutores avançados.
A reunião ocorreu em Pequim, num momento delicado nas relações entre os dois países, devido às restrições impostas pelos Países Baixos sobre as exportações para a China de equipamento para fabrico de semicondutores.
Wang Wentao manifestou esperança de que os Países Baixos continuem a “apoiar as empresas no cumprimento das obrigações contratuais” e “a estabilidade da cadeia global de fornecimento de semicondutores” seja assegurada, de acordo com a imprensa oficial de Pequim.
O ministro chinês garantiu que o país asiático “valoriza a posição dos Países Baixos a favor do comércio livre” e considera o país europeu um “parceiro comercial fiável”.
Geoffrey van Leeuwen reiterou a defesa do comércio livre por parte dos Países Baixos, sublinhando a “grande importância” atribuída à cooperação económica e comercial com a China.
O responsável neerlandês explicou que os controlos das exportações “não são dirigidos a nenhum país em particular” e as decisões são tomadas “com uma avaliação independente, minimizando o impacto na cadeia global de fornecimento de semicondutores sob as premissas da segurança e controlo”.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, reuniu-se em Pequim com o Presidente chinês, Xi Jinping, que afirmou esperar que os Países Baixos proporcionem “um ambiente de negócios justo e transparente” às empresas chinesas.
A globalização económica pode “encontrar obstáculos”, mas sublinhou que “os laços não podem ser quebrados”, disse Xi.
De acordo com a declaração oficial chinesa, Rutte afirmou que o seu país “não pretende desvincular-se ou quebrar os laços com a China”.
No ano passado, os Países Baixos introduziram um requisito de licenciamento para o equipamento de fabrico de ‘chips’, depois de os EUA terem feito o mesmo, invocando preocupações com a segurança.
Pequim tem acusado repetidamente os EUA de tentarem travar o desenvolvimento económico da China, restringindo o acesso do país a tecnologia avançada. Em resposta, Xi lançou uma campanha para desenvolver ‘chips’ e outros produtos de alta tecnologia no país.
Em janeiro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que Pequim “opõe-se sempre a que os Estados Unidos alarguem o conceito de segurança nacional e arranjem várias desculpas para coagir outros países a imporem um bloqueio tecnológico contra a China”.
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