Maior lucro de sempre da SAD do Sporting só chegou com vendas de atletas e não impede novo alerta do auditor

A situação patrimonial melhorou, mas está aquém do exigido. Sem incluir as vendas de jogadores, as receitas afundaram e os custos cresceram: o saldo da operação ficou em terreno negativo. Os lucros foram realidade devido à transação de atletas como Pedro Porro, mas só houve crescimento face ao ano anterior por conta do impacto da reestruturação financeira. Estes são aspetos que estão por detrás dos valores “mais altos de sempre” que a administração de Frederico Varandas anunciou e insistiu no seu relatório e contas semestral

Frederico Varandas, Presidente do Sporting Clube de Portugal

“Melhor resultado líquido e de volume de negócios semestral de sempre”: é assim que a SAD do Sporting Clube de Portugal descreve as contas relativas ao período entre julho e dezembro deste ano, o primeiro semestre fiscal das SAD que acompanha o campeonato 2023/2024. Mas há outros recordes que a SAD assinala neste relatório: também o merchandising é o “maior de sempre na história”.

Porém, são recordes que não descrevem a totalidade do que aconteceu no período: se não incluírem os proveitos das vendas de jogadores, os resultados operacionais são negativos e destacam-se, mesmo, como o segundo pior registo nos últimos sete anos. E se não incluíssem o impacto da reestruturação financeira, havia quebra dos lucros face ao período do ano passado. Além disso, a situação patrimonial, ainda que melhorando, continua a merecer um alerta do auditor.

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