O primeiro-ministro da República Checa, Petr Fiala, anunciou hoje que os serviços secretos checos desmascararam uma rede financiada por Moscovo que estava a difundir propaganda pró-russa sobre a Ucrânia e estendia a sua influência até ao Parlamento Europeu.
O portal de notícias Voice of Europe, com sede em Praga, estava a ser usado para espalhar informação destinada a dissuadir a União Europeia (UE) de ajudar a Ucrânia na sua luta contra a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.
Segundo Fiala, a rede pró-russa agora desmascarada pelos serviços secretos checos (BIS) desenvolvia atividade que “poderia ter um efeito significativo na segurança da República Checa e da UE”.
“Este grupo dedicava-se a realizar operações e atividades no território da UE destinadas a minar a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia”, disse o primeiro-ministro checo em declarações à imprensa.
“A atividade do grupo (…) estende-se também ao Parlamento Europeu”, acrescentou, sem revelar pormenores.
O BIS indicou que a rede era financiada a partir da Rússia.
“A operação do BIS revelou até que ponto a Rússia está a estender a sua influência aos territórios dos Estados-membros da UE e como está a trabalhar para influenciar os processos políticos nos nossos países”, afirmaram os serviços secretos checos na rede social X (antigo Twitter).
O Governo checo colocou na sua lista de sanções o Voice of Europe, o ex-deputado ucraniano e empresário com estreitas ligações ao Kremlin (sede da Presidência russa) Viktor Medvedtchuk e o empresário da comunicação social Artem Martchevsky, devido às suas ligações com as atividades da rede.
Segundo o jornal Denik N, os políticos europeus que cooperam com o ‘site’ de informação Voice of Europe, que divulgou apelos de alguns deles para deixarem de ajudar a Ucrânia, foram pagos com dinheiro russo, que também financiou campanhas para as próximas eleições europeias.
Os pagamentos envolvem políticos de países como Bélgica, França, Alemanha, Hungria, Países Baixos e Polónia, de acordo com o jornal, que cita uma fonte diplomática checa. Essa fonte sublinhou o envolvimento do partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD).
Artem Martchevsky era responsável pelos conteúdos publicados no portal Voice of Europe, bem como pelas relações com responsáveis políticos europeus, segundo a mesma fonte.
Leia Também: República Checa considera Rússia a maior ameaça para o país
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