O presidente do Conselho dos Assuntos Oceânicos de Taiwan, Kuan Bi-ling, denunciou que cinco navios de vigilância chineses entraram hoje em águas proibidas ou restritas das ilhas Kinmen, num clima de tensão em torno do arquipélago.
Citado pela imprensa local, Kuan explicou que um dos navios entrou em “águas proibidas” e quatro outros navegaram nas “águas restritas” das Kinmen, um grupo de ilhas situadas a poucos quilómetros da cidade chinesa de Xiamen, no sudeste do país, onde vivem mais de 100.000 taiwaneses.
“As implicações políticas desta ação são muito grandes. É, evidentemente, uma forma de declaração de soberania”, disse Kuan, acrescentando que os cinco navios só estiveram em águas taiwanesas durante um curto período de tempo.
A “zona interdita” em torno de Kinmen estende-se a meio caminho da costa chinesa a norte e nordeste, cerca de quatro quilómetros a leste e outros oito quilómetros a sul do arquipélago, mas a China não reconhece oficialmente a existência destas fronteiras.
O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, reiterou que a demarcação é da responsabilidade da Guarda Costeira taiwanesa, afastando a hipótese de uma intervenção militar na zona.
“O ministério tem procedimentos de prontidão de combate muito claros, mas não esperamos que tal aconteça”, disse Chiu, citado pela agência noticiosa estatal CNA.
As tensões em torno do arquipélago aumentaram a 14 de fevereiro, quando uma lancha chinesa – sem certificado, nome ou número de registo portuário – entrou nas águas das Kinmen e dois dos seus quatro tripulantes morreram após uma perseguição pela Guarda Costeira de Taiwan.
Em resposta, a China anunciou a realização de “patrulhas” na zona para “proteger as vidas e os bens dos pescadores”, acusando as autoridades de Taiwan de tratarem os pescadores chineses de forma “rude e perigosa”, embora Taipé tenha insistido que a sua guarda costeira atuou “de acordo com a lei”.
As ilhas Kinmen têm sido objeto de múltiplas disputas entre a China e Taiwan ao longo das décadas, com destaque para o bombardeamento maciço em 1958, quando os militares chineses abriram fogo contra o arquipélago no âmbito da segunda crise do Estreito de Taiwan.
Leia Também: China insta Tuvalu, aliado de Taiwan, a tomar “decisões corretas”
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