O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou-se hoje “culpado” pela derrota da sua formação política, o Partido do Poder Popular (PPP), nas eleições legislativas de 10 de abril.
“Eu, como presidente, sou o primeiro culpado [pela derrota]. Peço desculpa por não ter analisado corretamente e não ter defendido a vontade do povo”, afirmou Yoon durante uma reunião, segundo uma fonte presidencial citada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap
As declarações surgem seis dias depois da derrota do PPP, que obteve apenas 108 lugares em 300 na Assembleia Nacional, resultado que o Presidente defendeu deverem ser aceites com humildade.
“Devemos todos aceitar com humildade o sentimento do público revelado nas eleições gerais”, afirmou Yoon, acrescentando que vai comunicar de forma “mais humilde e mais flexível”. “Serei o primeiro a ouvir atentamente o sentimento do público”, garantiu.
As eleições foram consideradas como um teste à administração de Yoon, que cumpre o segundo ano de um mandato de cinco anos.
“Apesar de nos dois anos desde que assumi o cargo ter olhado apenas para o povo e seguido o caminho do interesse nacional, não correspondi às expectativas do povo”, argumentou Yoon, confirmando que não tenciona abandonar o controverso plano de aumentar o número de vagas para estudantes de medicina nas faculdades do país, o que tem provocado greves e protestos.
No dia seguinte às eleições, Yoon Suk-yeol prometeu reformar o seu governo para refletir a vontade do povo, enquanto o primeiro-ministro, Han Duck-soo, ofereceu-se para renunciar ao cargo.
A agência EFE dava conta que o chefe do Executivo ofereceu-se para se demitir, tal como três outros assessores presidenciais, incluindo o próprio chefe de gabinete, Lee Kwan-seop, assumindo assim a responsabilidade pelos maus resultados eleitorais.
O cargo de primeiro-ministro na Coreia do Sul é basicamente equivalente a uma vice-presidência.
Por seu lado, o líder do PPP, Han Dong-hoon, demitiu-se e assumiu “toda a responsabilidade” pelo desaire eleitoral.
Os eleitores sul-coreanos preferiram o Partido Democrático e enfraqueceram ainda mais o PPP, tornando Yoon no primeiro Presidente na democracia sul-coreana a não ter o controlo da Assembleia Nacional em qualquer momento do seu mandato.
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