Reunião do Comité Federal do partido, em Madrid, transformou-se numa manifestação de milhares de militantes e apoiantes. Primeiro-ministro espanhol ameaçou demitir-se após a mulher ter sido apontada como suspeita de tráfico de influência e corrupção
Primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez
Milhares de militantes e simpatizantes do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) manifestaram-se este sábado de manhã, precisamente em frente da sede do partido, na Calle Ferraz, em Madrid, como forma de apoio ao primeiro-ministro Pedro Sánchez.
Sánchez ameaçou esta quarta-feira demitir-se, e abandonar o governo espanhol, na sequência de um processo instaurado a Begoña Gomez, sua mulher, que é suspeita de tráfico de influência e corrupção.
Este sábado, dia em que o Comité Federal do PSOE reunia em Madrid para aprovar as suas listas às eleições europeias, a crise governamental ganha natural preponderância. Aliás, foi mesmo o Comité Federal a convocar (de forma não-oficial) a manifestação de apoio ao também secretário-geral do partido.
Reunidos e ruidosos desde as 11h00 (10h00 em Portugal), os manifestantes, apesar da chuva e empunhando bandeiras republicanas espanholas e cartazes e camisolas onde se podia ler “Fica, #PedroNãoTeRendas“ ou “Claro que vale a pena, continua”, entoaram também cânticos de “Não passarão”, “Não estás só” ou “Basta disto”.
Lá dentro, na reunião do Comité Federal, transmitida para o exterior da Calle Ferraz através de vários ecrãs, o PSOE aproveitou e denunciou o que considera uma “guerra suja” da direita e extrema-direita contra o primeiro-ministro do país.
E apelaram a que Pedro Sánchez não se demitisse: “Presidente, fica. Pedro, fica. Estamos contigo. Em frente!”, disse a vice de Sánchez no PSOE e no Governo, Maria José Montero.
Montero afirmou também que há hoje em Espanha “uma situação irrespirável criada com base em mentiras e ódio” e acusou o PP, partido da direita tradicional, de “ter deixado cair há anos o cordão sanitário em volta da extrema-direita”.
Estes, juntos, garante, são responsáveis por uma “guerra suja” contra Pedro Sánchez e a família, utilizando para tal a desinformação. “O objetivo é a desumanização dos políticos. Se fecharmos os olhos, será a própria democracia que se afunda no lodo”, afirmou.
A crise, e apoio do PSOE, em torno de Sanchéz coincide com o arranque da campanha para as eleições regionais na Catalunha, a 12 de maio.
E da Catalunha, em forma de sondagem, chega mais um apoio ao primeiro-ministro: é que os socialistas (que venceram as eleições regionais de 2021, embora o pró-independência Pere Aragonès da Esquerra Republicana se mantivesse no poder) deverão vencer as eleições, com um aumento significativo do número de votos.
Ainda assim, liderados pelo antigo ministro da Saúde, Salvador Illa, os socialistas não deverão conseguir uma maioria de governo, permanecendo a fragmentação (e a necessidade de acordos pós-eleitorais) do parlamento regional que caiu após rejeição do último orçamento.
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