O Parlamento da Bielorrússia aprovou hoje a suspensão da participação do país no tratado de Forças Convencionais na Europa (CFE), protocolo que no passado foi encarado como uma doutrina decisiva para a segurança do continente.
O projeto de lei, apresentado pelo Presidente Alexander Lukashenko no início deste mês, pode abrir caminho para a Bielorrússia — aliada da Rússia na guerra na Ucrânia — expandir as suas Forças Armadas.
Os deputados bielorrussos aprovaram por unanimidade o projeto de lei que pedia a suspensão do tratado e Lukashenko precisa agora de assinar o projeto de lei para que se torne lei.
O tratado, assinado em 1990, impõe limites a tanques, veículos de combate, aviões de guerra e artilharia pesada que podem ser utilizados na Europa.
O objetivo era manter um equilíbrio militar entre o Ocidente e os países que faziam parte do Pacto de Varsóvia da época da Guerra Fria.
No entanto, a Rússia retirou-se totalmente do tratado em novembro de 2023 e os países da NATO que eram partes nele responderam, suspendendo a sua participação poucas horas depois.
A Bielorrússia tem sido usada pela Rússia como ponto de partida para o envio de tropas para a Ucrânia, mas as forças bielorrussas não participaram na guerra que está agora no seu terceiro ano.
De acordo com o Ministério da Defesa da Bielorrússia, o tratado determina que as Forças Armadas da Bielorrússia não excedam 100.000 soldados e pessoal. Existem atualmente 63 mil soldados e pessoal no Exército bielorrusso e cerca de 300 mil homens estão na reserva.
Especialistas militares dizem que depois de suspender a sua participação no tratado, a Bielorrússia – que faz fronteira com a Ucrânia e com os membros da NATO, Letónia, Lituânia e Polónia – será capaz de expandir o seu Exército e acumular mais armas, embora isso não signifique que vá acontecer definitivamente.
Alexander Alesin, um analista militar baseado na capital bielorrussa, Minsk, referiu à agência Associated Press (AP) que a retirada do país do tratado teve a ver com o descontentamento da Rússia com o facto de a Bielorrússia ainda estar oficialmente no acordo.
“A Rússia estava muito infeliz A retirada desata as mãos da Bielorrússia, mas isto não significa automaticamente que o número de armas convencionais no país aumentará”, analisou.
“Moscovo implantou armas nucleares táticas na Bielorrússia, o que é muito mais assustador para os países vizinhos da NATO”, acrescentou.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Bielorrússia questiona França sobre eventual envolvimento na guerra
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