ESTELA SILVA/LUSA
Porto, 25 fev 2024 (Lusa) – O presidente do Chega, André Ventura, rejeitou hoje quaisquer dúvidas sobre o financiamento do partido, afirmando que “está tudo absolutamente transparente e legal” e classificando como “um ataque” as notícias sobre o assunto.
“Essas dúvidas foram lançadas para fora sem qualquer fundamento, todo o financiamento do Chega, todos os seus donativos, são entregues à Entidade das Contas [e Financiamentos Políticos]”, disse.
Em declarações aos jornalistas numa arruada no Porto, André Ventura foi questionado sobre a reportagem de investigação publicada hoje pelo jornal Público, que faz um retrato sobre os financiadores do Chega.
O líder do Chega alegou que “está tudo absolutamente transparente e tudo absolutamente legal”.
“Espero que façam o mesmo ao PS e ao PSD. Vou estar muito atento a ver se amanhã e depois temos os cheques de João Rendeiro para o PS e do Ricardo Salgado para a AD”, afirmou.
“É isso que espero que aconteça. Como não vai acontecer, sabemos que é só mais um ataque ao Chega, sem qualquer fundamento”, acusou.
O presidente do Chega indicou que “quem quiser apoiar o Chega tem forma de o fazer, vai ao seu portal de forma transparente e apoia”.
“Temos apoiantes ricos, pobres, menos pobres, nós não escolhemos, eles apoiam-nos”, acrescentou, dizendo ter “orgulho em todos os apoiantes”.
Durante a arruada na rua de Santa Catarina, que decorreu debaixo de chuva forte, André Ventura foi questionado também sobre as declarações da coordenadora do BE, que considerou no sábado que um dos aspetos da “cavalgada da direita” e da “mutação política” destas eleições são os “rios de dinheiro que correm de cofres milionários” para partidos como Chega e IL.
“Eu acho que Mariana Mortágua é a última pessoa que pode falar de milhões para os seus partidos, visto que o BE é só especuladores imobiliários que andam à volta do partido”, alegou, considerando que a líder bloquista “não tem nenhuma moral para falar do Chega nem dos outros partidos de direita”.
O partido noticiou também que vários dirigentes e militantes do Chega estão acusados de crimes, entre os quais agressões, ligações a uma rede de trágico de armas, tentativa de homicídio, furto ou posse da arma proibida.
A arruada no Porto, que começou pelas 16:00, foi a primeira ação da caravana do Chega naquele que é o primeiro dia de campanha oficial para as eleições legislativas de 10 de março.
FM // JPS
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