O Senado norte-americano, dominado por legisladores do Partido Democrático, aprovou durante a noite um pacote de assistência militar dotado de 95,34 mil milhões de dólares, o equivalente a 88,4 mil milhões de euros, com destino a Ucrânia, Israel e Taiwan. Falta a decisão da Câmara dos Representantes, onde pontificam os republicanos.
Segundo a edição online do jornal britânico The Guardian, a votação teve lugar antes do amanhecer, com os senadores a superarem o limite de 60 votos para remeter o pacote à Câmara dos Representantes. Esta é uma iniciativa legislativa que se encontra há meses bloqueada no Congresso dos Estados Unidos. E as dúvidas sobre o seu destino subsistem, dada a maioria republicana na Câmara dos Representantes.“A Ucrânia está perigosamente com as reservas em baixo. Se a América não enviar ajuda à Ucrânia, com este projeto de lei de segurança nacional, Putin tem todas as hipóteses de ser bem-sucedido”, advertia no domingo Chuck Schumer, líder da maioria democrata no Senado.
Além da defesa da Ucrânia face à invasão russa, o pacote prevê verbas para a campanha bélica de Israel na Faixa de Gaza e para Taiwan, aliado-chave dos Estados Unidos na Ásia – em causa, para estes dois países, estão perto de 14 mil milhões de dólares, quase 13 mil milhões de euros.
Prevê ainda uma dotação de 9,1 mil milhões de dólares em assistência humanitária para os civis palestinianos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, da Ucrânia e outros teatros de guerra internacionais.
A maior fatia, na ordem dos 60 mil milhões de dólares, está reservada à Ucrânia e visa sobretudo o reabastecimento de munições e armas.
O presidente dos Estados Unidos tem vindo a instar o Congresso a apressar o processo de aprovação do projeto de assistência militar. Sem evidentes sinais de sucesso.
Para que ganhe força de lei, com a assinatura final de Joe Biden, o pacote terá de ter luz verde na Câmara dos Representantes, onde o speaker republicano, Mike Johnson, tem emprestado a voz a severas críticas. O campo conservador quer ver adotadas, a par, provisões destinadas a controlar os fluxos de imigração para os Estados Unidos, desde logo a partir da fronteira com o México.A Câmara dos Representantes pode vir a produzir dois diplomas separados.
“Na ausência de qualquer mudança na política de fronteiras do Senado, a Câmara terá de continuar a trabalhar sozinha sobre estas importantes matérias”, enfatizou Johnson na segunda-feira, para acrescentar que “a América merece melhor do que o status quo do Senado”.
Rick Scott, senador republicano da Florida, prognosticou mesmo o óbito do pacote de assistência: “O diploma diante de nós, hoje, jamais passará na Câmara, nunca se tornará lei”.
O braço-de-ferro entre as duas câmaras do Congresso tem sido um cavalo de batalha na campanha de Donald Trump para a eleição presidencial de novembro. O ex-presidente tem vindo a advogar, por exemplo, que quaisquer verbas com tais destinos devem ser outorgadas na forma de empréstimos e não de assistência.
c/ AFP e Reuters
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