Para dar resposta à incerteza política – não só nos EUA, como na Europa – a NATO quer criar um fundo para garantir apoio à Ucrânia enquanto a guerra continuar. Os entraves já se começam a sentir, com a hesitação da Hungria mas também de outras autoridades europeias. Os analistas consideram que, além disso, em comparação com o forte investimento russo, a Ucrânia pode continuar fragilizada
Os 100 mil milhões de euros anunciados pela NATO podem não chegar: linha da frente ucraniana está em risco de “entrar em colapso”
“A situação no campo de batalha, na Ucrânia, será realmente preocupante nos próximos meses”, adianta ao Expresso Maximilian Hess, analista de geopolítica do think tank norte-americano Foreign Policy Research Institute. O investigador acredita que a Rússia fará uma nova onda de recrutamento militar “e lançará uma nova grande ofensiva”. Sem financiamento adicional para a defesa aérea e munições, por parte dos seus aliados, a Ucrânia estará numa posição “difícil”. Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, também o reconheceu, nesta quinta-feira, ao anunciar uma revolução na forma como a Aliança financia o apoio a Kiev.
A incerteza política é uma das grandes ameaças à defesa do território ucraniano e o alto responsável da Aliança apelou à criação de um fundo de 100 mil milhões de euros, ao longo de cinco anos. “Devemos garantir uma assistência de segurança, fiável e previsível”, sustentou Stoltenberg. O objetivo é fazer a ajuda à Ucrânia depender “menos de contribuições voluntárias, e mais de compromissos anuais da NATO”.
Mas serão os 100 mil milhões – que ainda terão de ser negociados e precisam de unanimidade entre os Estados-membros – suficientes? O contraste é inegável, nota Donatas Palavenis, investigador do Baltic Institute of Advanced Technology, em Vilnius, na Lituânia, em declarações ao Expresso: “O orçamento anual das Forças Armadas russas para 2024 é de cerca de 400 mil milhões de euros, e este valor deve ser considerado ao avaliar o apoio necessário à Ucrânia.” A analista Kelly Grieco também considera 100 mil milhões de euros um montante modesto. “Em fevereiro, a UE aprovou um pacote de apoio de 50 mil milhões de dólares à Ucrânia”, sustenta.
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