“O inquérito em referência já foi distribuído a magistrado(a) do DCIAP”, disse a PGR esta quinta-feira. Mantém-se a dúvida sobre se este continua autonomizado do processo principal na Operação Influencer ou se o DCIAP já respondeu ao pedido do ex-Primeiro-Ministro para ser ouvido no âmbito desta investigação
O inquérito relativo ao ex-primeiro-ministro António Costa no âmbito do processo Influencer já foi distribuído a uma procuradora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O inquérito em referência já foi distribuído a magistrado(a) do DCIAP”, disse a PGR em resposta à Lusa.
A PGR não respondeu se este inquérito continua autonomizado do processo principal na Operação Influencer nem se o DCIAP já respondeu ao pedido de António Costa para ser ouvido no âmbito desta investigação.
Na semana passada, a defesa de António Costa confirmou que este processo ia descer do Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para o DCIAP.
Nesse mesmo dia, a procuradora-geral da República, Lucília Gago, também afirmou que “é o DCIAP, no entendimento dos magistrados titulares, o competente para assumir essa investigação”, acrescentando que “as investigações criminais tomam o tempo necessário para avançarem, naturalmente que com a eficácia desejável, mas tomando o tempo necessário para ultimar essas investigações”.
A legislatura anterior foi interrompida na sequência da demissão de António Costa, após ter sido divulgado que era alvo de um inquérito instaurado no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça após ter siso extraída uma certidão do processo-crime Operação Influencer.
A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.
Existem ainda outros arguidos, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.
O caso está relacionado com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus, a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, e a exploração de lítio no distrito de vila Real, em Montalegre e Boticas.
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