Herdade vai dar lugar a 50 casas turísticas e hotel em pleno Alentejo

Há um novo empreendimento turístico a nascer na Herdade da Palheta, situada entre Évora e a Vila do Redondo, no coração do Alentejo. Este novo projeto turístico vai incluir a construção de um hotel de luxo com 60 quartos e contará com 35 villas e 20 casas de campo, num investimento de 110 milhões de euros. A ideia passa por criar um refúgio natural e cultural longe da azáfama da vida urbana. Vai abrir portas até 2028.

É na Herdade da Palheta – com património datado de 1428 – que vai nascer um novo empreendimento turístico no Alentejo. Os seus 300 hectares vão dar lugar a um conjunto de imóveis turísticos para alojamento e não só, explicam em comunicado enviado às redações:

• Hotel de 5 estrelas com 60 quartos;
• 35 villas e 20 casas de campo, que vão ser colocadas à venda e terão todas as comodidades do hotel. As casas turísticas vão ter várias tipologias, piscinas privadas e jardins. “Espera-se que a Palheta atraia hóspedes internacionais, proprietários e a comunidade local”, dizem;
• Clube de vinhos numa adega centenária (vinhas da herdade estendem-se por 25 hectares e podem produzir até 75.000 garrafas de vinho tinto e 50.000 garrafas de vinho branco);
• Anfiteatro ao ar livre, um pavilhão de arte, estúdios e residências de artistas. “Estes foram concebidos para promover uma comunidade criativa, proporcionando um espaço para os artistas permanecerem, trabalharem e exporem as suas criações promovendo uma curadoria sazonal de exibições e eventos”, explicam;
• Centro de saúde, bem-estar e spa;
• Centro desportivo, com piscinas interiores e exteriores, campos de ténis, campos de jogos, estúdios e áreas privadas de fitness;
• Quinta biológica, um parque infantil rural, um restaurante ‘farm-to-table’, centro equestre e espaços dedicados ao artesanato e à produção agrícola.

Turismo no Alentejo

Projeto turístico para a Herdade da Palheta Arbra Partners

Quem está por detrás da renovação da Herdade da Palheta?

Este projeto turístico dará uma nova vida à Herdade da Palheta, com um investimento de 110 milhões de euros levado a cabo por Lucas e Philippe Bitencourt, que têm mais de vinte anos de experiência na área da hotelaria e serviços premium. Em concreto, o empreendimento é financiado pelo Global Real Estate Fund e gerido pela empresa financeira Arbra Partners, que foi fundada pelo brasileiro Lucas Bitencourt em 2022.

Quem vai ficar responsável pelo design e arquitetura do complexo turístico na Palheta é o arquiteto britânico John Pawson, que abraça, assim, aquele que é o seu maior projeto em Portugal até à data. “A nossa colaboração com John Pawson é uma escolha deliberada para criar um marco que eleve a riqueza natural e cultural do Alentejo através da excelência arquitetónica. A Palheta é mais do que um destino, é uma viagem em direção a uma forma de vida mais lenta e ponderada”, explicou Lucas Bitencourt, fundador e promotor da Palheta, citado em comunicado.

O início das obras deste complexo turístico no Alentejo está previsto para 2025, segundo disse Lucas Bitencourt ao Expresso. No final de2024, vão realizar-se “intervenções a nível de demolições”. A abertura da renovada Herdade da Palheta esta marcada para 2028.

Este projeto turístico vai ser construído na propriedade “onde há muito tempo o insolvente grupo Vila Sol estava a desenvolver um megaempreendimento, mas o edificado entretanto construído ficou ao abandono”, refere o mesmo jornal. O então designado Vila Sol Évora, que era projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) lançado pelo então primeiro-ministro socialista José Sócrates, chegou a estar previsto ‘abrir portas’ em 2009, com hotel com 73 quartos, turismo residencial, campo de golfe e outras valências, mas nunca chegou a ser acabado.

A Euro-Atlântica III, Empreendimentos Urbanísticos, que era a promotora do complexo, cujo hotel estava em fase de construção, foi declarada insolvente em 2012, noticiou a Lusa, na altura. Agora, a Arbra Partners Ltd., quer “pegar no sobredimensionado projeto que existia numa perspetiva de transformação, recuperando o que for possível”, pode ler-se ainda na mesma publicação.

*Com Lusa