Endrick em três golos: a semana louca que lembrou Pelé
17 anos. Idade que não vai de encontro com a respetiva maturidade que tem vindo a apresentar nos relvados. Endrick não se tem deixado intimidar pelos múltiplos holofotes direcionados a si, algo que tem sido bastante notório pelo elevado impacto que tem tido.
As mais recentes exibições de luxo na seleção brasileira não têm deixado o comum adepto indiferente, que tem visto de perto o acrescido potencial do jovem avançado. O dia 23 de março (sábado) correspondeu ao início de uma semana verdadeiramente louca no capítulo individual.
A jóia da coroa canarinha
Depois de se ter estreado pelos canarinhos em novembro do ano transato – amigáveis diante da Colômbia e da Argentina -, pela mão de Fernando Diniz, o ponta-de-lança voltou a ter uma nova chance para mostrar todo o seu valor. E que melhor palco que o Wembley Stadium para dar-se a conhecer ao futebol europeu?
Num jogo pautado pelo equilíbrio, nem os ingleses, nem os brasileiros, conseguiam encontrar a direção certa para a baliza adversária. Apesar do grande dinamismo do encontro e das múltiplas aproximações às áreas adversárias, a bola teimava em não entrar. Contudo, aos 71′, o selecionador Dorival Júnior chamou ao banco o pequeno Endrick, faminto por fazer o gosto ao pé.
Não tardou muito para o camisola ’21’ deixar a sua marca: Andreas Pereira, com um preciso passe em profundidade, descobriu Vinícius Júnior nas costas da defesa. No um-para-um com Pickford, o guardião acabou por levar a melhor, mas, felizmente para a sua nação, Endrick estava no sítio certo à hora certa, dando a melhor sequência à recarga.
Celebração emotiva no primeiro golo com a camisola da amarelinha. Um tento que garantiu o triunfo à sua seleção (0-1). No entanto, este seria apenas o primeiro capítulo do mencionado conto. Estava agendado para dia 26 (terça-feira) um novo desafio, desta vez com a consagrada Espanha.
A jóia brasileira voltou a não ser opção no onze inicial, mas desta vez entrou um pouco mais cedo. Ao intervalo, para ser mais preciso. Se no confronto anterior, precisou de nove minutos para rubricar o seu nome na lista dos marcadores, contra a La Roja só precisou de uns meros… quatro (!).
@Getty /Na sequência de um canto, o protagonista desta história, com um remate à meia-volta, encheu o pé esquerdo e tentou a sua sorte. A belíssima execução acabou por colher os seus frutos: Unai Simón bem que se esticou, mas não conseguiu travar o inevitável desfecho. Apesar do apito final ter ditado um empate (3-3), registava-se, então, mais um golo para a conta pessoal do esquerdino.
O registo bastante favorável fez com que o seu nome se elevasse ao pedestal de um célebre imortal: Endrick tornou-se o primeiro jogador com menos de 18 anos a marcar em dois jogos seguidos pelos canarinhos, após Pelé (1957). Simplesmente histórico.
O show dividido em três partes
Após uma excelente resposta ao serviço do seu país, o ponta-de-lança regressou aos trabalhos com o Palmeiras, comandado por Abel Ferreira. O pupilo de Taguatinga chegou na altura certa, visto que o verdão tinha um preponderante embate frente ao Grêmio Novorizontino, agendado para o dia 29 (sexta-feira). O vencedor do duelo iria carimbar o acesso à final do Campeonato Paulista.
Mesmo vindo de uma sequência exaustiva de partidas, o técnico português não teve receio em apostar no artilheiro para o onze inicial. No que toca à disputa, a formação de Novo Horizonte recusou-se em estender a passadeira vermelha aos alviverdes, ameaçando, por múltiplas ocasiões, o alvo à guarda de Weverton. As visíveis dificuldades por parte da turma da casa pareciam não ter fim à vista…
Porém, os verdadeiros super-heróis aparecem nos períodos de maior aperto. Aos 53, Flaco López, com um toque subtil de cabeça, serviu Endrick, que apareceu sorrateiramente dentro da área. O atleta de 17 anos encheu o pé e colocou o esférico no fundo das redes, com apenas dois toques. Um disparo indefensável, que não deu qualquer hipótese ao guardião Jordi.
O resultado acabou por não sofrer mais alterações (1-0), para contentamento de todos os adeptos vestidos de verde presentes na bancada. Endrick é aplaudido. Endrick é novamente decisivo. Três jogos, três golos, numa semana verdadeiramente memorável. Será apenas um vislumbre ou é o início da erupção qualitativa? Uma coisa é certa: o jovem jogador tem jogado como gente grande.
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