Eficácia crucial para apuramento histórico

Eficácia crucial para apuramento histórico

Uma página de história para a ADCR Caxinas. Esta quarta-feira, a equipa comandada por Nuno Silva carimbou o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, registo que passa a ser o melhor de sempre da turma nortenha na Prova Rainha. Em Sines, no arranque da final eight, o emblema das Caxinas afastou o SC Ferreira do Zêzere por 1-4.

Num encontro equilibrado na maioria do tempo, a eficácia vilacondense pesou na balança. O apuramento esteve em aberto até à reta final, altura em que o emblema nortenho se chegou à frente para desbloquear e fazer três golos num curto espaço de tempo.

Cautela máxima

Os dois conjuntos apresentaram-se em Sines com muitas cautelas, comportamento algo natural tendo em conta a natureza da partida. A eliminar, nenhuma das formações pareceu muito disposta a correr grandes riscos e isso traduziu-se em minutos relativamente calmos para os guarda-redes, Nilton e Rui Pedro, numa fase inicial.

Apesar de um ritmo reduzido, as finalizações foram surgindo a espaços, mas nenhuma delas causou dificuldades acrescidas aos guardiões. O primeiro lance de maior perigo apareceu em cima do 15.º minuto, com Amílcar Gomes a desenhar um belo lance individual e a forçar uma defesa difícil a Nilton.

O lance do veterano ala catapultou a equipa da ADCR Caxinas para o melhor momento na primeira parte. Os derradeiros cinco minutos foram menos equilibrados e com claro ascendente dos vilacondenses. O poste foi inimigo de Amílcar, aos 17 minutos, mas o crescimento da equipa no que diz respeito à produção ofensiva foi recompensado a seis segundos do intervalo: na marcação de um livre direto, Francisco Oliveira descobriu um buraco entre Xisto e Nilton para fazer o 0-1.

Entrada forte prometeu

Obrigado a reagir, o SC Ferreira do Zêzere entrou muito melhor na segunda parte. Mais agressiva, a equipa de Ricardo Lobão assumiu as despesas do encontro nos primeiros minutos e aproveitou para voltar a colocar a igualdade no marcador. Amílcar Gomes errou no passe, Diogo Simões intercetou, sentou Rui Pedro e fez o 1-1, aos 26 minutos.

Com tudo novamente igual, a ADCR Caxinas cresceu e voltou a empurrar o adversário para trás. Ricardo Marques e Amílcar Gomes só não fizeram o 1-2 porque Nilton impediu, antes dos achigãs responderem com um remate ao poste de Diogo Simões e uma transição liderada por Pedro Peixoto, que não conseguiu superiorizar-se no cara a cara com Rui Pedro.

A partida entrava nos momentos decisivos e foi na altura ideal – para as aspirações vilacondenses – que o génio de Tiago Fernandes apareceu: aos 36 minutos, o ala recebeu de Ricardo Marques, deixou Duarte Correia para trás com um grande drible e bateu Nilton. O 1-2 a poucos minutos do fim precipitou o lançamento do 5×4+GR por parte do SC Ferreira do Zêzere, mas a estratégia não surtiu efeito e os nortenhos aproveitaram para desferir os golpes finais: Ricardo Marques aproveitou a apatia de Nicolas Tomé para intercetar um passe e assistir Rodrigo Simão para o 1-3, antes de Francisco Oliveira, poucos segundos depois, tirar proveito da baliza deserta para fazer o 1-4.

Pela primeira vez na história, a ADCR Caxinas – soma a décima participação – está entre as quatro melhores equipas da Taça de Portugal, depois de ter ficado pelos quartos de final em 2021/22. Os vilacondenses ficam à espera de Rio Ave ou SC Braga, que discutem o apuramento ainda esta quarta-feira.