Projéteis de artilharia e mísseis antiaéreos são as necessidades mais urgentes, mas a diferença entre número de tropas continuará a contar no terreno, com Moscovo em vantagem. Ainda assim, os analistas explicam ao Expresso de que forma a ajuda aprovada pelos EUA poderá evitar uma derrota ucraniana
“A Ucrânia ainda corre o risco de ceder terreno aos russos”
Os EUA afirmam que o pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) desbloqueado na Câmara dos Representantes chegará à Ucrânia dentro de alguns dias. “Os Estados Unidos deixaram de lado munições e equipamentos que foram produzidos nos últimos meses, e cujo envio para a Ucrânia estava em preparação”, diz ao Expresso Mark Cancian, antigo conselheiro do Departamento de Defesa norte-americano e conselheiro do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank em Washington. Analistas de defesa e estratégia acreditam que o pacote de apoio norte-americano poderá fazer uma diferença crucial na prevenção de uma grande derrota ucraniana.
A ajuda militar dos EUA tinha praticamente secado desde o fim de 2023. Desde então, a Rússia avança lentamente a leste, e os militares ucranianos foram forçados a abandonar a cidade de Avdiivka, no Donbas, em fevereiro, estando também sob pressão em Chasiv Yar. Apesar de Moscovo não ter conseguido obter ganhos territoriais significativos durante o período de maior escassez de Kiev, as tropas ucranianas chegaram a reportar que, sem granadas, chegaram a disparar fumo para assustar os russos. As tropas da linha da frente na Ucrânia queixaram-se de que os russos estariam a disparar até cinco vezes mais granadas que os ucranianos, e Zelinsky afirmou que a falta de mísseis de defesa aérea permitiu a passagem de mais ataques russos.
“As necessidades militares mais urgentes são os projéteis de artilharia e os mísseis antiaéreos”, admite, em declarações ao Expresso, Kelly Grieco, investigadora do Reimagining US Grand Strategy Program do think tank Stimson Center. “As tropas da linha da frente da Ucrânia estão a sentir a carência de granadas, racionando os seus limitados stocks de artilharia.” A guerra no terreno é fundamentalmente uma guerra de artilharia, tanto no ataque, como na defesa, pelo que fornecer à Ucrânia mais artilharia é “fundamental para estabilizar as suas linhas defensivas”, defende Kelly Grieco.
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