Trabalhadores não tripulantes começam hoje uma greve às horas extraordinárias, que deverá durar até ao final de julho.
Trabalhadores não tripulantes começam hoje uma greve às horas extraordinárias, que deverá durar até ao final de julho.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) entregou um pré-aviso de greve para os trabalhadores não tripulantes às horas extraordinárias, entre 28 de março e 30 de julho, para exigir o pagamento dos aumentos salariais acordados.
“Porque razão todos os trabalhadores já receberam os devidos aumentos excluindo os trabalhadores de terra? Não aceitamos desculpas aliadas a falta de competência ou de capacidade interna em concretizar os devidos aumentos acordados/negociados e exigimos no mínimo que o recibo de vencimento de março venha já com a carreira regularizada a +6% e +10% respetivamente no vencimento base”, apontou o Sintac, em comunicado.
O sindicato acusa a TAP de discriminação entre “trabalhadores de primeira e de segunda” e, por isso, decidiu entregar “um pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário já a partir de 28 de março de 2024 até 30 de julho”.
Os novos acordos de empresa tiveram de ser negociados com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia, após os antigos terem sido denunciados para que pudessem entrar em vigor os acordos temporários de emergência, que permitiram a aplicação de cortes salariais, no âmbito do auxílio de Estado e do plano de reestruturação, no seguimento das dificuldades causadas pela pandemia de covid-19.
No final de fevereiro, outro sindicato, o dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), acusou a TAP de aplicar os novos acordos de empresa excluindo o pessoal de terra, o que classificou como um “irresponsável episódio” que deixará marcas.
Apesar de ressalvar não estar contra o pessoal navegante ou contra as respetivas estruturas sindicais, o Sitava disse não ser de “fácil entendimento o seu silêncio” numa altura em que parte dos trabalhadores está a ser “miseravelmente discriminada”.
O sindicato também defendeu não entender os motivos que levaram a empresa a adotar esta decisão que disse, para além de discriminatória, constituir uma humilhação.
“Porque diabo é que para aplicar o novo AE ao pessoal de terra são necessárias gigantescas e complexas parametrizações informáticas e para o pessoal navegante não foi? Por outro lado, além da grande complexidade informática, dizem-nos agora que tudo tem que ser feito manual e pessoalmente para cada um dos trabalhadores. Afinal em que ficamos?”, questionou.
Em junho, o Sitava iniciou uma negociação com o objetivo de acabar com os cortes salariais e aprovar um novo AE.
O sindicato lamentou ainda que a TAP tenha “apunhalado” os trabalhadores e vincou que este “irresponsável episódio” deixará marcas profundas.
Leia Também: Privatização da TAP? “Positivo” que fosse feita “sem ser sob pressão”
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