Mais de mil envolvidos e quatro homens de confiança. Montenegro traz novidades na apresentação do programa eleitoral da AD

mais de mil envolvidos e quatro homens de confiança. montenegro traz novidades na apresentação do programa eleitoral da ad

Nuno Melo na Convenção da Aliança Democrática (António Pedro Santos/LUSA)

Mais de mil pessoas, 25 setores, dezenas grupos de trabalho e uma cúpula encabeçada por Luís Montenegro e por outros quatro dos seus aliados mais próximos. A Aliança Democrática (AD) apresenta esta sexta-feira o seu programa eleitoral e são esperadas novidades em áreas como educação, combate à corrupção e segurança.

Segundo adiantou à CNN Portugal António Leitão Amaro, um dos membros desta cúpula encarregue da elaboração do programa eleitoral, só para o tema da corrupção e da justiça o grupo de trabalho “reuniu 10 vezes nos últimos meses, recebendo contributos de magistrados, dirigentes de associações de transparência, advogados e inspetores do estado”.

Ainda no tema da justiça, grande parte das medidas foram desenhadas com o apoio do antigo ministro da Justiça José Pedro Aguiar-Branco.

Já a pasta da educação recaiu em dois nomes da confiança de Luís Montenegro: Margarida Balseiro Lopes, consultora fiscal e ex-deputada na Assembleia da República e Alexandre Homem Cristo, especialista em políticas públicas de educação que, na última Convenção Nacional, prometeu que o programa da AD iria introduzir provas de aferição no 4º ano e no 6º ano de escolaridade.

Foi, aliás, no tema da educação que Luís Montenegro se estreou nas promessas eleitorais, logo em setembro do ano passado, quando se comprometeu em recuperar o tempo de serviço dos professores de forma faseada em cinco anos “a um ritmo de 20% em cada ano”.

Pelo caminho, já disse querer aumentar o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) para 820 euros numa primeira legislatura e já referiu que, se for eleito, os jovens terão uma taxa máxima de IRS e isenção de IMT, tal como uma garantia do Estado para assegurar um financiamento bancário de 100% na compra da primeira casa.

A elaboração do programa eleitoral, que esta sexta-feira vai ser apresentado, foi supervisionada por uma “cúpula” que, além de Luís Montenegro, conta com António Leitão Amaro, secretário de Estado da Administração Local no tempo de Passos Coelho, Joaquim Miranda Sarmento, líder do grupo parlamentar do PSD; Pedro Duarte, ex-secretário de Estado da juventude de Pedro Santana Lopes e Pedro Reis, antigo presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Para além dos quatro, explica Leitão Amaro, há um homem do CDS a “coordenar a revisão” de todo o programa eleitoral. É Paulo Núncio, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que já tem lugar assegurado no Parlamento na próxima legislatura – é o número 2 nas listas da AD no Porto.

Já os vice-presidentes Paulo Rangel e Miguel Pinto Luz, segundo explica fonte social-democrata, dividiram-se na elaboração e supervisão das propostas relacionadas com justiça, onde o eurodeputado interveio mais, e na saúde, “que teve um grande complemento” do antigo secretário de Estado das Infraestruturas.

Ainda sobre o tema da saúde, a AD já se comprometeu, nos primeiros dois meses de um eventual mandato, com um plano de emergência para ser executado até final de 2025.

Já do lado do CDS, Nuno Melo e Paulo Núncio contribuíram com vários comentários e alterações às propostas, tendo incidido maioritariamente nas áreas da agricultura e segurança.

A apresentação do programa, que está programada para as 16:00 horas, na Gare Marítima de Alcântara, acontece já depois de Luís Montenegro ter arrancado com os debates eleitorais num frente a frente com Mariana Mortágua, transmitido pela TVI e pela CNN Portugal.

Mas António Leitão Amaro garante que isso em nada prejudica o líder, já que uma grande parcela de todo o conteúdo já foi apresentada quando o presidente do PSD lançou o seu programa económico. “As pessoas vão perceber isso, a área dedicada ao cenário económico é metade do programa eleitoral”, refere.

No que toca aos objetivos económicos, Montenegro já fixou como meta que o salário mínimo nacional atinja pelo menos mil euros, no final da legislatura, e que o salário médio seja em torno dos 1.750 euros. A AD prevê ainda um crescimento da economia portuguesa de 2,5% em 2025 e até 3,4% em 2028.

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