A Associação Sindical das Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) manifestou hoje desapontamento pela reunião de quinta-feira no Ministério da Justiça, considerando que, “de tangível” para a classe, “nada foi feito” pelo Governo.
A Associação Sindical das Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) manifestou hoje desapontamento pela reunião de quinta-feira no Ministério da Justiça, considerando que, “de tangível” para a classe, “nada foi feito” pelo Governo.
Em comunicado a propósito reunião mantida com o secretário de Estado da Justiça, a ASCCGP refere que apesar de lhes ter sido transmitida “a vontade e a intenção de dignificar e valorizar a profissão de guarda prisional”, nada foi feito, pelo que é um “autêntico ‘dejá-vu'”.
No documento, a ASCCGP critica a forma como a guarda prisional tem sido tratada em termos de carreira e suplementos, considerando que “a criação (pelo Governo) do suplemento (de missão) exclusivamente para a Polícia Judiciária é uma falta de respeito e de sentido de equidade nunca vista, e de um grau de provocação institucional nunca sentido”.
“Um suplemento que se consubstancia para os trabalhadores de investigação criminal em 1.026 euros, e, para os trabalhadores de polícia científica e de inspeção em 890 euros. Deixamos nota que um guarda prisional em início de carreira aufere 961,40 euros”, critica a ASCCGP.
Sobre estas e outras reivindicações, a ASCCGP diz que da tutela direta apenas tem recebido “indiferença, autismo e perversidade humilhante”, pelo que continuará a lutar com o apoio dos seus associados.
Também o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) esteve reunido na quinta-feira com a tutela, tendo recebido a promessa da aprovação até março do sistema de avaliação e desempenho, “mas nem uma palavra sobre o subsídio de missão”.
Frederico Morais, dirigente do sindicato, que na quinta-feira promoveu uma vigília junto à cadeia do Monsanto, em Lisboa, adiantou à agência Lusa que “não houve nada de novo” saído da reunião com o secretário de Estado Adjunto da Justiça.
O dirigente sindical referiu que houve uma promessa de “tentar aprovar” o sistema de avaliação e desempenho, mas que relativamente ao subsídio de missão equivalente ao aprovado para a Polícia Judiciária a resposta foi de que o Governo não poderia fazer nada na atual situação de gestão, deixando o dossiê para o Governo que resultar das legislativas de 10 de março.
O sindicato mantém marcada para 31 de janeiro uma greve nacional de 24 horas, cumprindo no mesmo dia, a partir das 14h00, uma vigília junto à prisão de Custoias, no Porto.
Leia Também: Guardas prisionais recebem promessa de aprovação do sistema de avaliação
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