Após muita pressão de Joe Biden, há a possibilidade de a maioria republicana no Senado ajudar a desbloquear o pacote de ajuda militar a Kiev no valor de €82 mil milhões – apesar do líder da Câmara dos Representantes ser fã de Trump, que defende isolacionismo. Tropas russas aumentaram 15% desde o início da guerra
Em dezembro de 2022, Volodymyr Zelensky discursou perante o Congresso dos EUA. Tinha atrás uma bandeira ucraniana erguida pela vice-presidente Kamala Harris e a então líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi
O líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, anunciou esta sexta-feira que vai sentar-se à mesa com responsáveis da Casa Branca para negociar o envio de ajuda militar para a Ucrânia no valor de 95 mil milhões de dólares, mais de €82 mil milhões.
A aprovação do pacote financeiro está bloqueado no Congresso pela maioria republicana há mais de dois meses, e Johnson tem tido cada vez mais dificuldades em equilibrar a fação tradicional e moderada do partido com a fação nacionalista e isolacionsita, que recusa qualquer apoio a Kiev e tem em Donald Trump o principal farol.
Marjorie Taylor Greene, uma congressista do movimento ‘MAGA’ e adepta de teorias conspirativas, já ameaçou desencadear o processo parlamentar que retirou do lugar o antecessor de Johnson, Kevin McCarthy, há apenas sete meses.
Mike Johnson, recém-eleito líder da Câmara dos Representantes dos EUA
Sabendo da fragilidade do seu posto, o líder da Câmara dos Representantes quis acalmar a frente interna: no mesmo dia em que cedeu às pressões de Joe Biden e aceitou negociar a ajuda ucraniana, Johnson anunciou que vai encontrar-se com Trump em Mar-a-Lago, na Flórida. Foi um dos mais aguerridos defensores do ex-presidente após a derrota em 2020, tendo votado contra a certificação dos resultados eleitorais.
As presidenciais norte-americanas são em novembro, Trump é o republicano favorito, e já garantiu que seria capaz de resolver a guerra entre a Rússia e a Ucrânia – parando, ao mesmo tempo, de enviar equipamento militar para Kiev.
Desertores russos aumentam, mas exército cresceu 15% desde o início da guerra
Há milhares de soldados russos a fugir da guerra na Ucrânia, revela o jornal “The Guardian”. Uma parte significativa destes cidadãos já apresentou pedidos de asilo em países ocidentais, e estão neste momento a tentar passar despercebidos às autoridades do Kremlin.
Os pedidos de asilo por parte de cidadãos russos disparou desde o início da guerra, há dois anos, mas só uma minoria são aceites: em 2022, por exemplo, apenas 300 russos receberam estatuto de refugiado e entraram nos Estados Unidos. Na Alemanha, mais de 90% dos pedidos foram rejeitados no ano passado.
No entanto, os detratores do Kremlin não travam o crescimento das forças russas: “O tamanho do exército russo é hoje maior do que quando a guerra começou”, afirmou o General Christopher Cavoli, comandante dos EUA para a Europa, durante uma audição no Senado. Estima-se que o número de homens tenha subido em cerca de 15%, e que Moscovo esteja a ser capaz de recrutar 30 mil homens por mês.
Assim, haverão neste momento cerca de 360 mil a 470 mil soldados a combater pela Rússia na frente de batalha, apontou Cavoli. No início do ano, Washington avançou este número: em dois anos, 315 mil soldados russos já terão morrido a combater na Ucrânia.
Outras notícias:
> A diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações lembrou esta quinta-feira que 14,6 milhões de pessoas na Ucrânia continuam a precisar de ajuda humanitária, cerca de 40% da população do país. Só nas linhas da frente há mais de 3,3 milhões de pessoas, incluindo 800 mil crianças, que necessitam urgentemente de ajuda, afirmou Amy Pope.
> Nesse sentido, a responsável das Nações Unidas encontrou-se com Zelensky e pediu à comunidade internacional para “manter o rumo na ajuda à Ucrânia e não virar as costas neste momento crítico”. De acordo com um plano da OIM lançado em janeiro passado, a agência necessita de 1,4 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia e 11 países da região durante os próximos três anos. Só na Ucrânia, e para este ano, serão necessários cerca de 350 milhões de euros.
> Dois navios caça-minas ucranianos chegaram a Portsmouth, no sudoeste de Inglaterra, para participar numa série de exercícios multinacionais, informou hoje o Ministério da Defesa do Reino Unido. Londres “está a liderar o caminho para ajudar a Ucrânia a modernizar a sua Marinha”, afirmou o ministro Grant Shapps.
> O ministro dos Negócios Estrangeiros russo pediu explicações presenciais ao embaixador francês no país, após o responsável máximo pela diplomacia de Paris ter afirmado que não há qualquer interesse em dialogar com Moscovo – devido ao histórico de mentiras e informações falsas. A tensão entre os dois países tem aumentado nos últimos meses, à medida que Macron vai insistindo na hipótese da NATO entrar diretamente no conflito.
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