Mercedes prepara atualizações para atacar “problema fundamental de equilíbrio” do W15

A temporada 2024 começou difícil para os lados da Mercedes. A equipe está enterrada apenas no quarto posto do Mundial de Construtores após quatro corridas, longe de McLaren e Ferrari, e com rendimento distante das oponentes mais próximas. O objetivo da hora é melhorar uma característica problemática do W15: o equilíbrio.

James Allison, diretor-técnico da Mercedes, explicou que a medida mais emergencial para o carro é resolver o problema de um carro desequilibrado. Com a parte dianteira dura, a traseira se desgasta demais.

“Temos pacotes de atualizações chegando ao carro, mas também alguns componentes soltos que, segundo esperamos, corrijam a questão fundamental do equilíbrio que vem criando dificuldades”, afirmou.

“Por mais que seja difícil falar sobre isso após um fim de semana como o da China, tenho de lembrar que teremos corridas em que vamos acertar e estar mais na frente e o prazer de falar sobre será grande. Mal posso esperar por esse dia”, comentou. Em Xangai, George Russell e Lewis Hamilton ficaram, respectivamente, na sexta e nona colocações.

James Allison, diretor-técnico da Mercedes (Foto: AFP)

“Tivemos um carro com limitações dianteiras desde o começo do ano, especialmente em curvas de baixa velocidade, e isso foi aumentado ainda mais neste fim de semana. Uma vez que os pneus dianteiros não querem fazer a curva, isso significa que os pilotos precisam esperar um éon para voltar a despejar potência na saída da curva. Acabamos fazendo sangrar o tempo de volta”, destrinchou.

“É preciso levar o carro no braço para atravessar a curva, com a aceleração deixando a traseira mais solta, o que mata os pneus traseiros e termina superaquecendo a traseira como resultado de ser limitado na dianteira. Não há prazer algum num fim de semana assim, ainda que tenhamos executado o trabalho de maneira competente e com boas atuações dos pilotos. Não temos prazer quando o hardware não está no nível que deveria”, continuou.

“O desafio que enfrentamos nas próximas corridas é tentar avançar na parte de setup do carro e com os novos componentes que traremos para que a situação melhore”, declarou.

Além disso, Allison deu uma chamada na equipe e pediu que o trabalho feito durante a semana, antes do começo das atividades de pista, seja mais eficiente. Isso porque tanto Hamilton quanto Russell mudaram muito o setup para a corrida sprint e, depois, para classificação e corrida principal na China.

Lewis Hamilton sofreu na China (Foto: AFP)

“Aprendemos durante o fim de semana que, se formos ambiciosos, temos de ser ambiciosos na sprint e depois ajustar para a corrida principal, não o contrário. Esperamos colocar o carro em melhor nível com as atualizações que levaremos a Miami e que as mudanças nos sirvam bem num grid que, ao menos na classificação, está tão próximo”, seguiu.

“Na briga em que estamos, alguns centésimos de segundo fazem muita diferença algumas vezes. Dois décimos que seja faria toda a diferença do mundo. Estou ansioso para ver o que acontece”, finalizou.

A Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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