Sou um admirador das ideias de Simon Sinek. Sua visão sobre liderança sempre me inspirou, e recentemente, ao ler seu livro “Jogo Infinito”, encontrei conexões intrigantes com o cenário atual da Inteligência Artificial (IA).
Em seu livro, Sinek descreve dois tipos de jogos: os finitos, como uma partida de futebol, com regras fixas e um vencedor claro, e os infinitos, como a vida, onde as regras são fluidas e o jogo pode mudar a qualquer momento. Nesse contexto, percebo a IA como um jogador cada vez mais influente no jogo infinito da vida, onde as regras estão em constante evolução e os participantes moldam o cenário.
Assim como o jogo infinito, a IA está se tornando uma presença onipresente em nossas vidas, com uma velocidade crescente. É como se estivéssemos navegando em um mar de mudanças, e a IA fosse a corrente que impulsiona essa evolução. Cabe a cada um de nós decidir como vamos incorporar essa tecnologia em nossas vidas e no ambiente corporativo.
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Recentes estudos, como um realizado pela Kaspersky, mostram que 57% das pessoas já estão utilizando IA no trabalho. Esse número reflete a crescente integração da IA no mundo corporativo, no qual a sua capacidade de análise e automação de dados complexos oferece um potencial revolucionário, podendo virar o jogo de uma maneira positiva.
No entanto, assim como no jogo infinito, é crucial entender que a IA não é um substituto para a inteligência humana, mas sim uma aliada poderosa. Enquanto a IA oferece agilidade e excelência na execução de tarefas, a Inteligência Emocional (IE) continua sendo fundamental para o sucesso das organizações.
A IE, que engloba a capacidade de entender e lidar com emoções, expressar empatia e cultivar relacionamentos saudáveis, complementa a IA no ambiente corporativo. Juntas, essas inteligências promovem um equilíbrio essencial para o sucesso das empresas.
É papel da liderança criar um ambiente onde a tecnologia e a humanidade possam coexistir de forma harmoniosa. A IA pode liberar os colaboradores de tarefas repetitivas, permitindo que eles se concentrem em atividades mais criativas e estratégicas. No entanto, é a liderança humanizada que proporciona motivação e valorização às equipes, explorando seu máximo potencial.
Ao conectar a eficiência da tecnologia com a empatia humana, podemos construir organizações mais promissoras e produtivas. É essa combinação que molda uma cultura empresarial equilibrada, onde a IA é uma ferramenta facilitadora, e a liderança é a força motriz por trás do progresso humano.
Alexandre Maioral é presidente da Oracle Brasil.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da Forbes Brasil e de seus editores.
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