Suplemento de amido ameniza a gordura no fígado
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Um estudo realizado no Hospital Shanghai Sixth People’s, na China, revelou que o consumo de um suplemento de amido pode diminuir a quantidade de triglicerídeos armazenados no fígado humano.
A banana verde tem amido resistente
A descoberta, publicada na revista Cell Metabolism, pode representar um avanço significativo no tratamento da doença hepática gordurosa, também conhecida como esteatose hepática.
Doença hepática gordurosa e seu tratamento
A doença hepática gordurosa é uma condição caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Fatores como resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e obesidade abdominal são considerados fatores de risco para a doença.
A condição pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado, e também contribuir para outras doenças, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Até o momento, não existe um tratamento específico para a doença hepática gordurosa. As recomendações atuais incluem mudanças na dieta e a prática de exercícios físicos.
Fibra dos alimentos ajuda a amenizar gordura no fígado
O amido resistente é uma fibra indigerível que fermenta no intestino grosso. Experimentos anteriores já haviam comprovado seus efeitos benéficos no metabolismo de animais.
Esse amido está presente em comidas não processadas, como grãos, batata crua e banana verde.
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No novo estudo, os pesquisadores descobriram que a ingestão diária do suplemento de amido pode alterar a composição das bactérias intestinais, diminuir os triglicerídeos hepáticos, as enzimas hepáticas associadas a lesões e inflamações no fígado de pessoas com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).
Foram recrutados 200 voluntários para um ensaio clínico, onde metade dos indivíduos incluíram o amido resistente em sua dieta, enquanto o outro grupo consumiu a mesma quantidade de calorias por meio de outro tipo de amido.
Após quatro meses, os pesquisadores descobriram que os níveis de triglicerídeos hepáticos do grupo que consumiu o amido resistente estavam quase 40% mais baixos em comparação com o grupo controle. Além disso, houve reduções nas enzimas hepáticas e em fatores inflamatórios associados à DHGNA.
Conclusões e próximos passos
Os autores do estudo destacam que essa intervenção é eficaz, acessível e sustentável. “Em comparação com exercícios ou tratamentos para perda de peso, adicionar amido resistente a uma dieta normal e balanceada é muito mais fácil para as pessoas seguirem”, declarou Huating Li, coautora do estudo.
Ainda são necessários mais estudos para confirmar o valor terapêutico do amido resistente no tratamento da doença hepática gordurosa.
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