A Justiça americana concordou com uma escola de Mont Belvieu, no Texas, em proibir a entrada de um aluno negro na instituição de ensino devido ao cumprimento do seu cabelo dreadlock. A determinação foi emitida na quinta-feira, 22, e é resultado de uma batalha travada entre a família do jovem Darryl George, de 18 anos, com a Barber Hill Independent School District. As informações são do Daily Mail e da NBC News.
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De acordo com a escola, os dreadlocks de Darryl George violam o código estético da instituição, que proíbe meninos de terem cabelos que ultrapassem as sobrancelhas e os lóbulos da orelha. A tese do estabelecimento é a de que se fossem colocados para baixo, os dreadlocks que o jovem deixa acima da cabeça iriam quebrar as regras determinadas para “manter a disciplina e os cuidados pessoais dos alunos”, segundo a Barber Hill Independent School District.
Darryl George foi repreendido pela instituição e enviado a um programa disciplinar fora da Barber Hill High School ao aparecer na escola com os dreadlocks em setembro de 2023, mesmo mês em que o CROWN Act foi instaurado no Texas. A lei cuja sigla em tradução significa “Criando um Mundo Respeitoso e Aberto à Cabelos Naturais” busca impedir a discriminação contra cabelos de pessoas negras em ambientes de trabalho ou ensino.
Após retornar às aulas sem alterar o estilo do cabelo, Darryl George foi suspenso por 13 dias devido ao descumprimento do código estético da instituição. “Esse cabelo é a minha forma de se sentir mais próximo do meu povo. É como eu me sinto próximo dos meus ancestrais. Só isso. É quem eu sou”, declarou o jovem. No processo, o juiz responsável pelo caso não concordou com a acusação de que a postura da escola violava o CROWN act.
De acordo com David Bloom, que falou à imprensa pela Barber Hill Independent School District, a graduação de Darryl George não será impactada apesar de ter faltado na maioria das aulas, acrescentando que ele pode ir a outro programa educacional caso não queira cortar os dreadlocks. Ativistas do Black Lives Matter se mobilizaram e compareceram a uma reunião do conselho da escola durante a segunda-feira, 19, como forma de protesto.
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