Datas têm uma função social: elas nos relembram do que não devemos — e não podemos — nos esquecer. Os 60 anos do início da última ditadura militar brasileira são um marco contra o esquecimento.
Neste especial da Agência Pública, investigamos fatos e histórias que revelam como ainda há muito que apurar sobre os longos anos nos quais a aliança militar e civil nos tirou a democracia: dos laços do Instituto Butantan com generais brasileiros e chilenos; as mortes de camponeses e indígenas pelas mãos das Forças Armadas nacionais, a falta de preservação da memória de centros de tortura, a espionagem do Estado ditatorial, a repressão a greves de trabalhadores e as ligações entre empresas e ditadura.
Confira abaixo:
60 anos do golpe
Reportagem Militares
Os registros inéditos do SNI que espionou mais de 300 mil brasileiros na ditadura
Antecessor da Abin, entenda como Serviço Nacional de Informações buscou manter ilegalidades ao fim do regime de exceção
Reportagem Militares Sociedade
Não “remoído”, passado de centros de tortura da ditadura militar cai no esquecimento
Após 60 anos do golpe militar, poucos espaços de memória foram institucionalizados e história de violações passa batida
Entrevista Justiça Socioambiental
Ditadura: Após 21 anos, Comissão de Anistia julga primeira reparação coletiva a indígenas
Autor de pedido de anistia ao povo Krenak, procurador aponta omissão do Estado para reconhecer violações na ditadura
Entrevista Militares Sociedade
60 anos do golpe militar: Estudo aponta 1654 camponeses mortos e desaparecidos na ditadura
Pesquisa inédita do colaborador da UnB e ex-preso político Gilney Viana contabilizou vítimas da ditadura de 1964 a 1988
Diretores do Instituto Butantan com militares chilenos e brasileiros
Reportagem Internacional Poder
Instituto Butantan produziu veneno para ditadura chilena assassinar opositores
Documentos inéditos revelam que junta militar chilena visitou Butantan em segredo com oficiais do regime brasileiro
Em 2023, série de reportagens da Agência Pública revelou 10 empresas que teriam responsabilidade na violação de direitos humanos durante a ditadura militar brasileira: Petrobras, Fiat, Companhia Docas de Santos, Itaipu, Josapar, Paranapanema, Cobrasma, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Aracruz e Folha de S. Paulo. Saiba mais abaixo:
Empresas Cúmplices da Ditadura
Na ilustração, podemos ver um carro que se assemelha ao da Folha com dois bonecos militares dentro, esses bonecos também estão fora do carro com suas armas em mãos e apontadas. Ao fundo a ilustração de várias pessoas com seus rostos apagados.
Reportagem Empresas Militares
Documentos indicam que aliança da Folha com a ditadura foi mais forte do que jornal admite
Mais de 40 pessoas, entre jornalistas, militantes, ex-agentes e empresários deram depoimentos sobre a Folha na repressão
Reportagem Empresas Militares
Aracruz Celulose teria usado prisões arbitrárias para obter terras indígenas na ditadura
Empresa teria se aliado à inteligência militar para ocupar propriedades e denunciar trabalhadores
Na ilustração podemos ver ao fundo, a Usina de Itaipu, à frente chapéus de operários empilhados com cruzes que ligam as violações cometidas na usina durante o período da ditadura. Vários soldados de brinquedo estão posicionados à frente com armas apontadas.
Reportagem Empresas Militares
Itaipu na ditadura: mais de 100 operários mortos e 43 mil acidentes na construção
Documentos, depoimentos exclusivos e um assassinato não esclarecido ligam hidrelétrica a violações no regime de exceção
A ilustração mostra trabalhadores homens e mulheres sem rosto, ao centro um carro e sua estrutura, e em cima está destacado três imagens: à esquerda o cumprimento de mãos, ao centro um homem sendo interrogado e à direita um homem sendo torturado
Reportagem Empresas Militares
Fiat tinha sistema de espionagem e sala exclusiva para interrogar funcionários na ditadura
Montadora italiana colaborou com órgãos de repressão e usou proximidade com regime para implantar fábrica em Betim
No centro da ilustração há indígenas carregando ferramentas e com as cabeças baixas. Acima, militares fazem continência e a imagem da construção da BR-170. Ao fundo de todas as imagens é possível ver o mapa do Brasil marcado por tiros
Reportagem Empresas Militares
Produtora de cobre Paranapanema teria mantido indígenas em “semi-escravidão” na ditadura
Documentos obtidos com exclusividade mostram que empresa se associou com grileiro na Amazônia para explorar minério
Na imagem, pessoas rendidas e chaminés de indústria, ao lado uma caveira esmagada e um tanque de guerra
Reportagem Empresas Militares
Racismo, perseguição e assassinatos nas instalações da CSN nos anos da ditadura
Entre prática de torturas e matar funcionário, empresa cometeu 11 tipos de violações aos direitos humanos
Ilustração mostra uma caveira de boi com chapéu militar, e ao fundo pessoas se manifestando, a imagem está marcada por balas.
Reportagem Empresas Militares
Grupo dono do Arroz Tio João teria metralhado de helicóptero casa de posseiros na ditadura
Documentos e relatos apontam ainda a participação da empresa em conflitos armados no Pará durante o regime de exceção
A ilustração mostra várias engrenagens e um militar agredindo um civil, e ao fundo vários militares, e também pessoas pedindo por direitos com cartazes
Reportagem Empresas Militares
Cobrasma lucrou milhões ao apoiar ditadura e reprimir movimentos sociais
Relatórios revelam participação da metalúrgica em episódios que levaram ao endurecimento do regime
A imagem apresenta vários nós, à frente, e trabalhadores sem rosto carregando sacos. Ao fundo, podemos ver uma paisagem marítma.
Reportagem Empresas Militares
Companhia Docas se aliou à ditadura para monitorar funcionários no Porto de Santos
Documentos obtidos com exclusividade pela Pública revelam a relação da empresa com o DOPS na repressão aos trabalhadores
A ilustração mostra operários ao fundo e uma plataforma de petróleo que seriam da Petrobrás. Com vários bonecos de soldados, e imagens de soldados da cintura para baixo segurando cacetetes
Reportagem Empresas Militares
Petrobras participou de tortura e monitorou orientação sexual de funcionários na ditadura
Documentos exclusivos mostram que na ditadura a estatal também criou órgão de vigilância para reprimir “subversivos”
News RelatedEquipe
Coordenação: Thiago Domenici, Bruno Fonseca, Ed Wanderley
Edição: Thiago Domenici, Bruno Fonseca, Natalia Viana e Ed Wanderley
Reportagem: Lucas Pedretti, Thiago Domenici, Ludmilla Pizarro, Sérgio Barbo, Rubens Valente, Alice Maciel, Rafael Custódio
Fotos: José Cícero, Gsé Silva
Artes: Matheus Pigozzi
Site: Raphaela Ribeiro
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