O lançamento planejado de um módulo lunar robótico construído pela empresa aeroespacial Intuitive Machines, com sede em Houston, foi cancelado menos de duas horas antes do horário de decolagem nesta quarta-feira e adiado por pelo menos um dia, disse a empresa de lançamento SpaceX na noite de terça-feira (13)
A SpaceX, empresa privada de foguetes e satélites fundada pelo bilionário Elon Musk, disse na plataforma de mídia social X que a equipe de lançamento estava “desistindo da tentativa desta noite” por causa das temperaturas irregulares do metano antes do carregamento.
A função precisa do metano e suas implicações para o funcionamento adequado do foguete Falcon 9 não foram explicadas imediatamente. Os motores Merlin do foguete funcionam com querosene e oxigênio líquido.
A decisão de cancelar o voo da Intuitive Machines, que estava programado para decolar nesta quarta-feira do Centro Espacial Kennedy da Nasa em Cabo Canaveral, Flórida, ocorreu cerca de 75 minutos antes do horário de lançamento.
A SpaceX disse que teria como objetivo a próxima oportunidade de lançamento para a missão não tripulada, que está marcada para 1h05 (horário local) na quinta-feira.
O módulo de pouso Nova-C da Intuitive Machines, apelidado de Odysseus, permanece posicionado no topo do foguete Falcon 9 para uma missão que visa conduzir o primeiro pouso lunar dos EUA desde a última missão lunar Apollo, há meio século, e o primeiro por um veículo privado.
O feito também marcaria a primeira viagem à superfície lunar no âmbito do programa lunar Artemis da Nasa, enquanto os Estados Unidos correm para devolver os astronautas ao satélite natural da Terra antes que a China pouse lá a sua própria nave espacial tripulada.
O lançamento ocorre um mês depois que o módulo lunar de outra empresa privada, a Astrobotic Technology, sofreu um vazamento no sistema de propulsão a caminho da Lua, logo após ser colocado em órbita em 8 de janeiro por um foguete Vulcan da United Launch Alliance (ULA) que fazia seu voo de estreia.
O fracasso do módulo de pouso Peregrine da Astrobotic, que também estava em missão da Nasa, marcou a terceira vez que uma empresa privada não conseguiu realizar um “pouso suave” na superfície lunar, após esforços malfadados de empresas de Israel e do Japão.
Esses contratempos ilustram os riscos que a Nasa enfrenta ao apoiar-se mais fortemente no setor comercial do que no passado para realizar os seus objetivos de voos espaciais.
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