Que tal é jogar de máscara, como Mbappé? “Dá para jogar, mas incomoda. Perde-se visão periférica e parece que estás sempre a transpirar”
Contra a Bélgica (17h, Sport TV1), Kylian Mbappé voltará a usar uma proteção no rosto. A circunstância é familiar a André Pinto, o antigo central que, pelo Sporting, assim chegou a jogar um dérbi frente ao Benfica. À Tribuna Expresso, o ex-futebolista detalha o “incómodo” de usar a máscara, a qual protege, mas não afasta “a dor” e o “receio”. E até coisas básicas, como tocar na bola sem olhar para o chão, se dificultam
A 26 de janeiro de 2019, Sporting e FC Porto disputaram, em Braga, a final da Taça da Liga. Aos 53', um choque com Marega teve consequências dolorosas para André Pinto: o central sofreu uma fratura dos ossos próprios do nariz com deslocação do septo nasal.
André Pinto foi, obviamente, substituído, sendo submetido a uma intervenção cirúrgica logo na cidade minhota. Mas, uma semana depois, havia dérbi contra o Benfica em Alvalade. E a equipa precisava do defesa.
A única opção que permitiria que o futebolista português entrasse em campo na partida mais importante da capital era utilizar uma máscara que protegesse o rosto. Assim, foi feita uma máscara à medida para André Pinto, objeto que, nas semanas seguintes, lhe cobriu a face sempre que entrava em campo para jogar ou treinar.
Mas, cinco anos e meio depois, o já retirado futebolista ainda se recorda do “desconforto”. Do “incómodo”. “Nunca é o mesmo do que jogar sem máscara, mesmo sendo feito à medida. É limitador”, diz, em conversa com a Tribuna Expresso.
Kylian Mbappé parece concordar. O craque francês partiu o nariz contra a Áustria, foi baixa frente aos Países Baixos e regressou, utilizando máscara, frente à Polónia. A proteção que usou não foi do agrado do capitão dos vice-campeões do mundo, que utilizará uma nova versão diferente nos oitavos de final do Europeu, frente à Bélgica (17h, Sport TV1).
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