Conheça o laboratório subterrâneo de Paris que revela os segredos das obras de arte

conheça o laboratório subterrâneo de paris que revela os segredos das obras de arte

Uma grande estátua de bronze do século 11 do famoso Vishnu reclinado, recém-chegada do Camboja, é desembrulhada após sua chegada para ser restaurada no Centro de Pesquisa e Restauração de Museus da França (C2RMF) no museu do Louvre, em Paris, em 27 de maio de 2024

Em Paris, sob o jardim das Tulherias, há um misterioso laboratório subterrâneo, digno de James Bond, onde obras de arte revelam seus segredos.

Trata-se do Centre de Recherche et de Restauration des Musées de France (C2RMF), que a AFP conseguiu visitar.

Atrás de uma porta blindada a 17 metros de profundidade, esse centro altamente seguro cobre uma área de 5.900 m².

Seus três níveis abrigam um conjunto técnico, um acelerador de partículas chamado Aglae e salas de exame onde os objetos de arte recebem um "check-up médico" regular.

O centro emprega 150 especialistas, incluindo conservadores, radiologistas, químicos, geólogos, engenheiros metalúrgicos e arqueólogos, que examinam cerca de mil obras de arte francesas e estrangeiras todos os anos.

Os estudos técnicos e tecnológicos realizados no centro permitem identificar os materiais com os quais as obras foram feitas, sua procedência e idade, como foram montadas, bem como os fenômenos de alteração que são invisíveis a olho nu.

Com base nessas análises altamente sofisticadas, algumas obras são enviadas para as oficinas de restauração, localizadas em uma ala do Louvre e em Versalhes (sudoeste de Paris).

A instalação também possui um auditório e um centro de documentação.

- A escultura cambojana de Vishnu -

O C2RMF analisou obras-primas como a Mona Lisa de Leonardo da Vinci, os vitrais da Sainte Chapelle em Paris ou da Catedral de Notre Dame, um sabre do imperador Napoleão ou a escultura da Auriga de Delfos, uma das mais famosas estátuas de bronze da Grécia antiga.

Recentemente, o centro recebeu os restos de uma escultura monumental cambojana do século XI para uma série de análises.

Essa escultura será parcialmente restaurada antes de uma exposição programada para 2025 no Museu Guimet de Artes Asiáticas, em Paris, e depois nos Estados Unidos.

Uma obra-prima da arte Khmer, descoberta em 1936 no local de Angkor, essa escultura monumental é uma das poucas representações desse deus do hinduísmo em sua forma reclinada.

"Muitos fragmentos estão faltando, mas originalmente ela tinha cerca de seis metros de comprimento, um diadema e um cocar", explica David Bourgarit, engenheiro de pesquisa em arqueometalurgia, que está liderando o projeto.

Os testes são realizados em uma sala especial, com portas de chumbo, para evitar a radiação.

"Nas sobrancelhas, esses pequenos pontos brancos são claramente metal adicionado, mais denso do que o cobre, mas precisaremos fazer uma análise mais aprofundada para determinar isso", descreve Bourgarit.

"Somos como a Nasa, cada um com sua própria especialidade. Nossas cenas de crime são achados arqueológicos. Tentamos entender quem os fez, como e por que, como em uma investigação policial", diz Bourgarit.

Vishnu será minuciosamente examinado e fotografado.

Algumas áreas serão "exploradas com outras técnicas, como fotogrametria, digitalização em 3D, fluorescência de raios X, para determinar a composição de um material, ou a espectrometria", diz ele.

O objetivo é "localizar o depósito e o local de fabricação" da gigantesca estátua.

- O Aglae -

Alguns fragmentos poderão ser examinados pelo "Acelerador de Análise Elementar (de partículas) do Grand Louvre, instalado no final da década de 1990 e o único no mundo que trabalha exclusivamente com obras de arte", explica Quentin Lemasson, engenheiro e especialista nesse equipamento.

O Aglae pode ser comparado ao CERN (o laboratório europeu de física de partículas), localizado no subsolo entre a França e a Suíça, embora consuma 1.000 vezes menos energia, diz Lemasson.

O Aglae é linear, ao contrário do CERN, que é circular.

Com o acelerador, "criamos partículas, as aceleramos, as passamos por um longo tubo e, em seguida, surge um feixe que interage com o objeto. Dessa colisão saem diferentes tipos de radiação, algumas partículas ricocheteiam e geram energia. Isso nos permite determinar espessuras, detectar se foi usado ouro sem precisar extrair amostras ou determinar a proporção de cobre e estanho em um bronze", explica Lemasson.

ls/may/jz/zm/dd/yr

OTHER NEWS

2 hrs ago

Estados Unidos x Bolívia na Copa América: onde assistir, escalações e horário

2 hrs ago

Fluminense terá ausência de Marcelo no clássico e torcida do Flamengo provoca

2 hrs ago

Pole position de Roberto García no Europeu de Moto2 em Portimão

2 hrs ago

A ‘surpresa’ de Lula com os subsídios

2 hrs ago

Fabio Di Giannantonio gosta da ideia de sindicato de pilotos: ‘Poderia ser bom para o MotoGP’

2 hrs ago

Associação de técnicos de emergência médica reclama demissão do Conselho Diretivo do INEM

2 hrs ago

Donald Trump promete green cards automáticos para graduados estrangeiros

2 hrs ago

Ben e Alex analisam e classificam os programas do Summer Game Fest no mais recente The Gamereactor Show

2 hrs ago

Carlos Miguel não viaja com elenco do Corinthians para jogo contra Athletico-PR

2 hrs ago

Inter vence com gol 'esquisito' e mantém Grêmio no Z4 do Brasileirão

2 hrs ago

Videoは、トヨタGRカローラが炎上し、数分以内に破壊される瞬間を示しています

2 hrs ago

Terceiro homem mais rico do mundo compra clássico bistrô francês fundado há um século

2 hrs ago

Sporting conquista nono título consecutivo no ténis de mesa

2 hrs ago

Silvio Almeida é aplaudido em culto evangélico ao criticar PL Antiaborto

2 hrs ago

Alckmin comemora dados de produção agroindustrial em abril

2 hrs ago

Copa América: Messi pode superar craque brasileiro e quebrar recorde histórico na competição

2 hrs ago

Dengue: com doses próximas do vencimento, Saúde amplia vacinação

2 hrs ago

Palmeiras ‘favorecido’: Com derrota do Botafogo, Abel terá confronto ‘mais fácil’ para assumir a liderança

2 hrs ago

F1: Norris leva McLaren de susto com fogo à alegria da pole na Espanha

2 hrs ago

Cristiano Ronaldo deixa Gary Neville perplexo: "À beira da ilegalidade"

2 hrs ago

Presidente da Mauritânia defende aliança de países para combater o jihadismo

2 hrs ago

Lula diz não ter medo de reitores após mais de dois meses de greve de professores

2 hrs ago

Boulos ganha respiro com Marçal, Datena e ex-Rota, mas se consolida como alvo

2 hrs ago

Com gol contra de zagueiro, Internacional vence clássico contra Grêmio no Couto Pereira

2 hrs ago

Palmeiras vence a Portuguesa Santista de virada na estreia da segunda fase do Paulista sub-20

2 hrs ago

Boeing terá escondido dos reguladores partes questionáveis dos aviões 737 Max que podem ter sido instaladas

3 hrs ago

Verstappen testou o carro antigo antes da Espanha, veja por quê

3 hrs ago

Eine weitere Vorhersage aus ‘Die Simpsons’ wird wahr

3 hrs ago

Bruno elogia espírito de Portugal: «Ronaldo teve oportunidade e deu a bola ao lado»

3 hrs ago

Espanhóis 'loucos' com exibição de Trubin no Euro'2024: "Os números..."

3 hrs ago

Pepe festeja apuramento de Portugal no Euro'2024: "Quem disse..."

3 hrs ago

‘Egy másik ‘Simpson család’ jóslat valóra válik

3 hrs ago

Porsche Cup: Barrichello / Neugebauer seguram Müller / Elias até o fim e vencem os 300km do Estoril

3 hrs ago

Flamengo: Grande potência coloca milhões na mesa para fechar com Arrascaeta em julho

3 hrs ago

Forças israelenses amarram palestino ferido a um jipe durante ataque

3 hrs ago

Hamilton confessa surpresa por briga por pole na Espanha, mas diz: “Estamos chegando”

3 hrs ago

Como um açougue familiar de Santos virou franquia que fatura R$ 120 milhões e tem sócios famosos

3 hrs ago

Speed Trap: confira velocidades máximas na classificação do GP da Espanha

3 hrs ago

Vai contar os minutos até que este bolo de laranja saia do forno

3 hrs ago

CFMOTO 675SR – novo modelo desportivo revelado nos registos de homologação