Uma centena de delegações do mundo na Suíça para "traçar caminhos para a paz" na Ucrânia

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O complexo hoteleiro de Bürgenstock, na Suíça, irá acolher este sábado e domingo uma verdadeira passadeira vermelha de líderes mundiais, para a Conferência de Alto Nível para a Paz na Ucrânia. O governo suíço confirmou a presença de 100 delegações, de 92 países e oito organizações.

Apesar do nome, não se aguarda que desta reunião saia qualquer decisão conducente a um cessar de hostilidades, até porque nem a Rússia nem a China participam. O presidente brasileiro Lula da Silva também rejeitou o convite, enviando apenas uma delegação.

Aliás, entre os quatro países fundadores BRICS, grupo intergovernamental que integrou desde o início a Rússia e a China além do Brasil, a Índia enviou o seu embaixador na Rússia. Membro não-fundador, a África do Sul, outro peso pesado mundial, estará presente através de delegados.

O objetivo do encontro será então "traçar caminhos para uma futura paz", incluindo propostas para uma futura participação russa na mesa das negociações, de acordo com os organizadores suíços.

Em cima da mesa estarão temas como troca de prisioneiros e o regresso das crianças ucranianas levadas para a Rússia no início do conflito, a ameaça nuclear e ainda a segurança, energética, alimentar e de navegação, entre 10 pontos propostos em janeiro pelo presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia, quando pediu à Suíça para aproveitar o seu estatuto de neutralidade para realizar a conferência.

Pretensões ucranianas ao centro

A segurança alimentar é considerada vital, uma vez que a Ucrânia é tida como o 'celeiro do mundo', enquanto um dos maiores produtores de cereais e de outros produtos agrícolas, essenciais para diversos países em desenvolvimento. Há, por exemplo, preocupações com o impacto ambiental das máquinas de guerra russa e ucraniana. A nível logístico e de mercado, tentativas nestes dois anos de guerra de fazer sair do país as reservas agrícolas, para impedir que caíssem em mãos russas, provocaram ainda protestos dos agricultores, sobretudo no leste da União Europeia. São necessárias novas soluções. A reconstrução da rede energética ucraniana, muito afetada pelos ataques russos, deverá passar para segundo plano, depois do G7 ter garantido financiamentos avultados esta semana.

A questão da presença de armas nucleares NATO em diversos países europeus, enquanto dissuasoras de eventuais pretensões russas, já foi abordada esta semana na reunião dos países membros da Aliança mas deverá voltar a ser discutida. Na rede social X, Zelensky revelou que "haverá dois dias de trabalho ativo com países de todas as regiões do mundo, com nações diferentes que são apesar de tudo unidas pelo objetivo comum de aproximar a Ucrânia de uma paz justa e duradoura".

Zelensky ao ataque

As reuniões de sábado e de domingo concluem uma autêntica ofensiva diplomática ucraniana para sensibilizar a comunidade internacional além dos aliados ocidentais e que levou Zelensky terça-feira passada à Alemanha, quarta-feira à Arábia Saudita e quinta e sexta-feira a Apúlia, em Itália, para uma reunião com o G7, após visitas ao Catar e às Filipinas no início do mês. O objetivo da Ucrânia nesta conferência é dar início ao seu plano para por fim à guerra. A tentativa de isolar a Rússia na cena internacional redundou contudo em fracasso, sobretudo devido às posições adotadas pelos aliados de Moscovo, China, Brasil e África do Sul.

A Rússia, enquanto agressora, não foi convidada, até porque considerou a conferência "um ultraje". O presidente russo, Vladimir Putin, chamou mesmo à reunião "um estratagema para desviar atenções" dos "verdadeiros responsáveis" pela guerra, a Ucrânia e os ocidentais, na sua perspetiva. Putin, que já considerou fútil esta cimeira, tentou sexta-feira marcar a agenda da conferência, anunciando os termos de uma proposta de cessar-fogo na Ucrânia, imediatamente rejeitados por Kiev. Os líderes do G7, por seu lado, aprovaram quinta-feira em Apúlia um pacote de 50 mil milhões de dólares em apoios à Ucrânia, provenientes dos juros de bens russos congelados na Europa e prometeram apoiar Kiev enquanto for necessário. Também sexta-feira, o Pentágono anunciou a renovação de um contrato com o provedor de internet e de telecomunicações de Elon Musk, o Starlink, por mais seis meses, até 30 novembro, por 14 milhões de dólares, incluindo assistência. São bons augúrios para os resultados da cimeira e uma vitória para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que se reuniu ainda com o Papa Francisco no final da reunião do G7, com quem debateu as consequências da agressão russa e as expetativas para a cimeira na Suíça.

O mundo e os EUA na Suíça

Além de Zelensky, que viajou sexta-feira de Apúlia para Bürgenstock, a conferência vai juntar 57 líderes mundiais e chefes de Estado. As medidas de segurança no cantão suíço já se faziam sentir sexta-feira, como relatou a correspondente da RTP, Rosário Salgueiro. ###1579254###

De Portugal estarão presentes o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro dos Negócios Estrangeiro, Paulo Rangel.

Entre os mais ilustres confirmados contam-se o ainda presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler Olaf Scholz, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, que deverá reunir-se com Zelensky e dirigir-se aos líderes mundiais em sessão plenária.

De acordo com a Casa Branca, Harris irá sublinhar o impacto da guerra imposta pela Rússia ao resto do mundo e levar o máximo número de países a condenar a invasão da Ucrânia como uma violação dos princípios fundadores da Carta das Nações Unidas. Os pontos comuns serão o respeito e defesa da soberania e da integridade territorial ucranianas.

A participação da vice-presidente norte-americana irá durar menos de 24h00. Contudo, reuniões entre Zelensky e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden à margem do G7 e a assinatura de um acordo de segurança bilateral por 10 anos, não deixam dúvidas quanto ao apoio norte-americano à causa ucraniana. Kamala Harris será substituída pelo conselheiro da Casa Branca para a Segurança Nacional, Jake Sullivan, cuja missão será estabelecer grupos de trabalho para alcançar o regresso das crianças ucranianas e a segurança energética. Os trabalhos da conferência começam ao fim da tarde de sábado e deverão ocorrer ainda durante a manhã de domingo, antes do encerramento.

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