Estes 7 carros automáticos têm que ser evitados! Entenda
O câmbio automático foi criado principalmente para proporcionar conforto ao motorista. Só que muitos carros automáticos costumam dar tanto problema que muitas vezes é mais prudente evitar sua compra.
VEJA TAMBÉM:
Separamos marcas e modelos de carros automáticos usados para se evitar. Desde caixas convencionais com conversor de torque até transmissões automatizadas.
Carros automáticos da Volkswagen para se evitar: i-Motion
A primeira geração do Polo é um carro que teve poucas versões nefastas, mas o I-Motion é um automático para evitar (Foto: VW | Divulgação)
Trancos e falta de grip marcaram essa transmissão automatizada de embreagem simples da marca alemã. A caixa robotizada equipou diferentes carros compactos da Volks nos anos 2000 e 2010, como Fox, SpaceFox, Polo e Up!.
O funcionamento ruim fez até o feitiço virar contra o feiticeiro. No vídeo da campanha publicitária do câmbio, a Volkswagen brincou com uma pessoa soluçando para dizer que a transmissão não dava trancos. Mas a caixa logo recebeu o apelido de “ic-Motion”.
Além disso, costuma dar bastante problemas. O mais comum é o vazamento de fluido do atuador da embreagem e do robô. Embreagem patinando também é um defeito normal relatado por donos.
Carros automáticos da Chevrolet com caixa Easytronic
O Agile foi um dos piores carros que a GM vendeu no Brasil, e a versão automatizada conseguia ser mais irritante que a manual (Foto: GM | Divulgação)
A General Motors foi uma das primeiras fabricantes a apostar nas transmissões automatizadas de embreagem simples para tentar agregar conforto no segmento de compactos a um baixo custo. Tanto que a Easytronic foi aplicada em modelos como Agile e Mérida.
São carros automáticos para se evitar pelos motivos comuns em relação ao equipamento: excesso de trancos e imprecisões. No caso da “Easytranco” são frequentes também as trepidações e o travamento das marchas, cujo reparo pode custar mais de R$ 5 mil.
Carros da Peugeot e Citroën com câmbio automático para evitar
O Peugeot 407 tinha suas virtudes, mas a caixa de quatro marchas deixava o carro travado, além de ser pouco confiável (Foto: Peugeot | Divulgação)
A caixa AL4 é quase onipresente quando falamos de carros automáticos da então PSA Peugeot Citroën do início deste século. Equipou desde 206 e C3 até sedãs e minivans mais completos, como 407 e Xsara Picasso.
Por ser um conceito de câmbio automático antigo e com apenas quatro marchas, costuma apresentar imprecisões em médios giros. Fora isso, ainda tem um problema crônico onde a transmissão patina e parece segurar o desempenho do carro.
Neste caso é preciso fazer uma espécie de reinicialização do gerenciamento do câmbio automático e trocar seu módulo. Coisa que não sai por menos de R$ 1.500.
Carros da Fiat com câmbio automatizado para não ter
O caixa automatizada Dualogic ficou famosa por seus trancos e trocas inesperadas, sem contar que não ajudava na eficiência de modelos como o Stilo (Foto | Fiat | Divulgação)
A Fiat foi na onda do mercado na década de 2000 e lançou sua versão de transmissão automatizada de embreagem única com o nome Dualogic. Seu funcionamento era tão ruim quanto as caixas disponibilizadas pelos rivais e ganhou o apelido nada nobre de “Burralogic”.
A marca italiana, contudo, foi a que mais insistiu com o câmbio robotizado, aplicado amplamente na sua gama de produtos – até Linea, Bravo e 500 padeceram com o equipamento. Na metade da década passada, a fabricante apresentou o GSR, que nada mais era que uma segunda geração do Dualogic.
A promessa de mais grip e menos trancos ficou só na promessa mesmo. Pior: a nova fase do câmbio passou a ser disponibilizado nos carros por meio de teclas, em vez de alavanca. Um defeito no sensor de detecção de marcha joga o seletor para neutro sem o comando do condutor, o que motivou um recall por parte da montadora.
Toyota também tem seu carro com câmbio automático para evitar
Quem almeja um Etios sabe que não terá um carro com grandes refinamentos, mas as versões com câmbio automático deve ser evitado (Foto: Toyota | Divulgação)
Nem a marca com fama de fazer carros inquebráveis se safa da lista dos automáticos que devem se evitar. Mais precisamente na linha Etios. Apesar de ser um veículo de construção sólida e de ter uma transmissão robusta, é bom ter um pé atrás com a caixa U442E da Aisin.
Primeiro, porque as quatro marchas atrapalham muito o desempenho do Etios, seja com motor 1.3 ou 1.5 – os “buracos” entre a segunda e terceira marchas são irritantes. Além disso, passada a garantia, é preciso saber se o proprietário manteve uma manutenção zelosa, já que o fluido da caixa deve ser trocado a cada 40 mil km.
Renault e seu câmbio Easy’R
A segunda geração do Sandero Stepway era muito charmosa, mas a transmissão Easy’R simplesmente tornava o carro insuportável (Foto: Renault | Divulgação)
Mesmo depois da malfadada reputação dos câmbios automatizados de embreagem simples de VW, Fiat e GM, a Renault insistiu. A marca francesa apostou na caixa Easy’R para Sandero e Logan no lugar da transmissão convencional de quatro marchas que equipava a linha compacta – que não era um primor de agilidade, mas era melhor resolvida.
A nova transmissão da Renault estreou na primeira metade dos anos 2010 e não tinha nada de fácil. Padeceu das mesmas imperfeições dos rivais: imprecisão e mudanças bruscas. Não durou nem seis anos no mercado e foi descontinuado em 2019.
O câmbio PowerShift da Ford
O Fiesta foi uma referência entre os hatches compactos, mas a caixa PowerShift fez dele um carro automático a ser evitado (Foto: Ford | Divulgação)
A Ford resolveu dar uma requintada em sua gama de compactos e se diferenciar com um câmbio automatizado de dupla embreagem. A expectativa era de que a tecnologia adotada em marcas premium – guardada as devidas proporções – livrasse o desempenho dos carros da marca dos trancos insuportáveis.
Realmente, o PowerShift tinha um comportamento muito superior aos i-Motion da vida em automóveis como Fiesta e EcoSport e chegou a equipar a linha Focus. Só que os defeitos logo apareceram. O superaquecimento da caixa provocou travamentos parciais e totais da transmissão.
A Ford teve de fazer um recall dos modelos com PowerShift – que imediatamente recebeu o apelido de “PowerShit”. A marca também estendeu a garantia da caixa, mas o estrago já estava feito. Então, é mais um câmbio automático a se evitar no mercado de carros usados e seminovos.