Desinformação, mentiras e vídeo: como funciona o Chega nas redes sociais
André Ventura importou as técnicas modernas da desinformação da direita radical e acentuou a tendência para criar verdades alternativas ou “narrativas” geradoras de perceções, sobretudo contra imigrantes e jornalistas, durante a campanha das europeias. Iqbal, o imigrante do Bangladesh que o abordou, foi alvo de uma campanha de ódio nas redes sociais
Desinformação, mentiras e vídeo: como funciona o Chega nas redes sociais
No fim de semana das eleições europeias, Iqbal Houssain e a mulher, Freyda Sari, estavam tão assustados que não abriram o seu restaurante indonésio na Póvoa de Varzim, e pensaram fazer as malas para abandonar Portugal. Fechados em casa, atemorizados com as mensagens de ódio que receberam no telemóvel e no e-mail, consideraram regressar à Indonésia, país de origem da mulher, para onde já tinham levado a filha, de dois anos, cidadã portuguesa, e de quem o imigrante do Bangladesh falou a chorar quando interpelou André Ventura durante uma arruada da campanha eleitoral. Foi um impulso emocional de que se arrepende. Fez-se passar por admirador do líder do Chega para se queixar, em português rudimentar, do “racismo” que o via promover, e denunciar as condições sub-humanas em que vivem os pescadores indonésios que trabalham no velho bairro piscatório das Caxinas, em Vila do Conde. Do político, não recebeu pingo de empatia. De resto, só arranjou problemas.
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