A Rainha da Pérsia apaga erro da Record com acerto milagroso
Ester (Nathalia Florentino) em cena de A Rainha da Pérsia; terceira adaptação da mesma história
A Rainha da Pérsia surpreendeu com uma boa audiência para os padrões da Record mesmo sendo a terceira adaptação da história bíblica. A produção chegou a ser adiada mesmo com todos os capítulos já escritos por causa de atrasos na produção --mas conseguiu um feito considerável no Ibope em sua primeira semana de exibição.
A história de Ester atingiu 5,8 pontos de média em seus cinco primeiros capítulos na Grande São Paulo, elevando o horário em 0,5 ponto em relação aos episódios inéditos de Reis.
Mesmo no clímax, o folhetim sobre Roboão (Henrique Camargo) não repetiu os bons índices que vinham sendo alcançados pelas temporadas com Salomão (Guilherme Dellorto) como protagonista. A última semana da 11ª temporada conseguiu 5,3 pontos de média.
Ester naturalmente já chama a atenção do telespectador mais do que Roboão por ser um personagem muito mais conhecido do público, até com um livro que leva o seu nome no Velho Testamento. O filho de Naamá (Ingrid Conte) tem apenas alguns versículos dedicados à sua trajetória, espalhados por Reis e Crônicas.
A protagonista, que é interpretada por Nathalia Florentino, também é considerada um exemplo de fé, sobretudo nas religiões neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus. Ela arriscou a própria vida e até a posição na nobreza persa para proteger o povo judeu.
Ela é uma das principais personagens femininas da Bíblia, assim como Débora, uma das juízas que governou Israel; Rute, que não era israelita, mas se tornou a bisavó de Davi; e Maria, a mãe de Jesus, que chega até a ter um culto sobre sua imagem na Igreja Católica.
Como o Notícias da TV havia noticiado, A Rainha da Pérsia estava prevista para o ano passado, para aproveitar os bons números de Reis. Os atrasos na produção e a proximidade com o fim do ano, em que os números do Ibope tradicional caem, fizeram a direção adiar a estreia.
A emissora pagou caro pela decisão, especialmente por ter escalado Jezabel (2019) para tapar o buraco em sua primeira reprise. O folhetim protagonizado por Lidi Lisboa já havia sido um fracasso de audiência em sua exibição original.