Taghi Rahmani não vê a mulher, prémio Nobel da Paz em 2023, há 12 anos. "Todos os dias acordo a pensar nela", diz
O jornalista e escritor iraniano exilado em Paris esteve em Lisboa para divulgar o livro da mulher, Narges Mohammadi. Ela, que em 2023 recebeu o Nobel da Paz desde a prisão de Evin, em Teerão, documentou no livro “Tortura Branca” o confinamento solitário em espaços exíguos a que as prisioneiras são sujeitas. A enfrentar mais 11 anos de cadeia, e sem ver os filhos há nove, não desiste. “Ela tem uma energia infinita”, diz o marido, em conversa com o Expresso em Lisboa
Taghi Rahmani não vê a mulher, prémio Nobel da Paz em 2023, há 12 anos. "Todos os dias acordo a pensar nela", diz
A sombra perpassa-lhe o rosto, mas ele não é um homem sombrio. É um homem permanentemente preocupado. Taghi Rahmani vive há 12 anos com um buraco no peito, desde que saiu do Irão para se exilar em França e deixou lá a mulher, Narges Mohammadi, a enfrentar uma pena de prisão. Estava-se em 2012, e ela acabaria por ser libertada graças a um grupo internacional de legisladores que se uniu em sua defesa. Mas o regime iraniano não mais cessaria de a perseguir, e desde 2016 conseguiu mantê-la sob detenção. Se a libertou em 2020, seria só para a voltar a prender um ano depois. Por isso, em 2023, a atribuição do prémio Nobel da Paz encontrou-a encerrada na enorme prisão de Evin, em Teerão.
Para ler este artigo na íntegra clique aqui