Nvidia perde US$ 400 bilhões em valor de mercado, maior queda em três dias na Bolsa dos EUA

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As ações da Nvidia se recuperaram na terça-feira 26, interrompendo uma queda de três dias que surpreendeu muitos investidores e desapareceu com mais de US$ 400 bilhões em valor de mercado.

No início da semana passada, a Nvidia ultrapassou a Microsoft como a empresa pública mais valiosa de Wall Street. Em seguida, a fabricante de chips para inteligência artificial (IA) caiu 13% em três dias, sua pior queda desde 2022. Como a Nvidia se tornou tão grande em tamanho, os movimentos de suas ações têm peso extra no S&P 500 e em outros índices das Bolsas americanas.

Qualquer ação que tenha subido tanto quanto a Nvidia (mais de 1.000% desde o outono de 2022) é vulnerável a que alguns de seus investidores vendam ações para obter alguns lucros. Essa corrida anterior faz com que uma queda de 13% em três dias pareça uma bagatela relativa.

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Na segunda-feira, as ações da Nvidia subiram 6,8%, elevando seu valor de mercado para US$ 3,10 trilhões, atrás da Microsoft, com US$ 3,35 trilhões, e da Apple, com US$ 3,21 trilhões.

Essas três empresas e algumas outras são responsáveis por grande parte dos retornos do S&P 500 recentemente. Os investidores preferem um mercado em que muitas ações estejam participando dos ganhos.

Tem havido uma demanda quase insaciável pelos chips da Nvidia para alimentar aplicativos de inteligência artificial e a empresa tem desempenhado um papel importante nos recentes recordes do mercado de ações dos EUA, mesmo com a desaceleração do crescimento da economia sob o peso das altas taxas de juros. No entanto, o boom da IA está ocorrendo em um ritmo tão rápido que gerou preocupações sobre uma possível bolha no mercado de ações e expectativas muito altas entre os investidores.

Derren Nathan, chefe de pesquisa de ações da Hargreaves Lansdown, disse em um comunicado que, embora as ações da Nvidia tenham caído nos últimos dias, também é preciso olhar para o quadro geral. “As ações ainda subiram 190% em uma visão de 12 meses, portanto, não é de surpreender que alguns investidores estejam realizando alguns lucros”, disse ele.

Nathan também não está preocupado com as possíveis implicações de um spread mais amplo. “Embora a Nvidia tenha espirrado, o mercado mais amplo não pegou um resfriado, com uma mistura de movimentos menos extremos em ambas as direções para o resto dos 7 Magníficos”, disse ele.

O grupo apelidado de Magnificent 7, que inclui a Alphabet (dona do Google), Amazon, Apple, Meta (dona do Facebook e Instagram), Microsoft, Nvidia e Tesla, é um pequeno grupo de ações responsáveis por uma grande parte do retorno total do mercado acionário dos EUA.

Nvidia é a fabricante de chips utilizados em games e em supercomputadores que treinam modelos de inteligência artificial Foto: Jeff Chiu/AP

Alguns críticos dizem que a Nvidia ainda parece cara. As ações da empresa estão sendo negociadas a um preço 73 vezes maior do que o lucro produzido nos últimos 12 meses. Isso faz com que ela pareça muito mais cara do que o índice S&P 500 mais amplo, onde as empresas estão sendo negociadas a apenas 26 vezes seus lucros totais. Isso, por si só, parece caro para os céticos, que dizem que o amplo mercado acionário dos EUA parece caro em comparação com o histórico.

O que a Nvidia tem a seu favor é a possibilidade de um crescimento contínuo e incrível, à medida que dá início a uma nova era que, segundo os proponentes, irá refazer a economia a partir da inteligência artificial.

Com base em seu lucro esperado para os próximos 12 meses, a Nvidia está sendo negociada a uma relação preço-lucro ainda cara, mas mais razoável, de cerca de 40. E se as implantações de hardware de IA generativa ainda estiverem apenas no segundo ano do que poderia ser um ciclo de implantação de três a cinco anos, como sugerem os analistas do Bank of America, a possível pista de crescimento poderia torná-la ainda mais atraente.

Analistas estimam que a receita da empresa para o ano fiscal que termina em janeiro de 2025 chegará a US$ 119,9 bilhões - cerca do dobro da receita do ano fiscal de 2024 e mais de quatro vezes a receita do ano anterior.

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