No Rio Grande do Sul, jornalista sai de rádio ao vivo para retirar carro de rua alagada; veja vídeo
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O jornalista Rodrigo Lopes, da Zero Hora, precisou interromper sua participação em um programa ao vivo da Rádio Gaúcha (Grupo RBS), na tarde desta segunda-feira, 6, ao saber que o local onde seu carro estava estacionado, nos entornos do prédio onde funciona o jornal, em Porto Alegre, poderia ficar alagado.
A informação foi dada pelo jornalista Maurício Saraiva, que fez o alerta ao vivo durante a programação. Com tom de urgência, ele informou aos colegas, Rodrigo Lopes e Kelly Mattos, apresentadora do programa, que ruas das proximidades de onde estavam começavam a ser “tomadas pela água”.
Jornalista Rodrigo precisa deixar programa para tirar carro de rua alagada. Foto: Rádio Gaúcha (Youtube)/Reproduç
“A Rua Zero Hora está absolutamente alagada. Atrás da nossa entrada de serviço não passa mais carro com roda (água) acima do pneu. Então, quem estiver com o carro lá, vá agora retirar o carro”, afirmou. “A Rua Freitas de Castro está toda tomada de água”, disse Saraiva.
Ele relatou aos colegas de bancada que, ao ver a rua alagada, conseguiu estacionar seu veículo em um local mais elevado, como medida de segurança. Após a informação dada pelo jornalista, Rodrigo Lopes se levantou e deixou o programa com semblante de preocupação, ao mesmo tempo que Kelly liberava o colega da bancada. O jornalista não retornou.
Antes de Maurício Saraiva alertar sobre o acúmulo de água, Rodrigo Lopes comentava sobre a situação do Centro Histórico de Porto Alegre, tomado pelos alagamentos na sexta-feira, 3, após o transbordamento do Rio Guaíba, na capital gaúcha.
Ele esteve no local e descreveu a região, que costuma ser barulhenta, em um cenário “pós-apocalíptico”. “Era um silêncio absurdo”, relatou.
As fortes chuvas vêm castigando o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. De acordo com a Defesa Civil, 85 morreram em decorrência da tragédia, já considerada a maior do Estado, e 134 estão desaparecidas.
De acordo com o último balanço do órgão, mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas, e 200 mil estão fora de suas casas (153,8 mil estão desalojadas e outras 47,6 mil estão em abrigos públicos).