Do presidente ao lateral-direito, um FC Porto com nova cara foi a Chaves semear o futuro
Ainda envolvido na luta pelo terceiro lugar, o FC Porto ganhou em Chaves (0-3), praticamente terminando com as hipóteses dos transmontanos se manterem na Primeira Liga. Francisco Conceição marcou de livre e tudo ficou facilitado. Quando Evanilson e Taremi deram volume ao resultado já a equipa de Moreno jogava em inferioridade numérica
Do presidente ao lateral-direito, um FC Porto com nova cara foi a Chaves semear o futuro
Diogo Costa, Martim Fernandes, João Mendes, Francisco Conceição, Gonçalo Borges e Gonçalo Sousa. Se a cara da equipa do FC Porto assumisse uma combinação das feições dos jogadores oriundos da formação que foram utilizados em Chaves, os dragões teriam poucas rugas, muita vitalidade e a ambição que os mais novos sempre exibem.
Na bancada, a ver o desempenho das escolhas de Sérgio Conceição, esteve André Villas-Boas, presidente eleito do clube, acompanhado por elementos da nova estrutura azul e branca. Alheios a que o FC Porto se tenha reduzido à luta pelo terceiro lugar, tristes não podem ter ficado por verem o treinador, cujo compromisso para a próxima época é uma incógnita, semear o futuro do clube.
A ousadia das idades precoces, como se viu, promove a disrupção. Francisco Conceição inaugurou o marcador com um remate que passou por cima do único jogador da barreira que não saltou. Há quase três anos que o FC Porto não marcava um golo de livre (o último tinha sido em setembro de 2021).
Foram momentos fatídicos para o Chaves aqueles que circundaram a meia hora de encontro. Os jogadores transmontanos não concordaram com a falta assinalada e protestaram com virilidade. Além de sofrerem o golo, imediatamente a seguir viram Júnior Pius ser expulso por receber o segundo amarelo três minutos depois de ser sancionado com o primeiro.
Os braços dos jogadores treinados por Moreno caíram aí, sabendo que uma derrota, ainda que não matematicamente, atirava a equipa para a Segunda Liga. Até no também jovem Dário Essugo se notava desalento ou não estivesse o médio a preparar-se para ser campeão pelo Sporting, clube que o emprestou, e para descer de divisão, no mesmo ano.
João Mendes, titular pela terceira vez no campeonato, foi a jogo como lateral-esquerdo para mostrar que é um ponto intermédio entre Wendell e Zaidu, as outras opções para a posição. O defesa foi até à área finalizar, mas viu o golo ser anulado pelo VAR por fora de jogo. De seguida, Pepê ligou com Taremi e o iraniano serviu Evanilson para que o FC Porto fosse para o intervalo com uma vantagem confortável e em superioridade numérica.
Resignadas à impossibilidade de cumprirem os respetivos objetivos, as duas equipas fizeram a segunda parte demorar-se. Dário Essugo ainda derrubaria Pepê dentro de área, dando a oportunidade a Taremi para fazer o 3-0 que praticamente atira os transmontanos para a Segunda Liga, visto que será difícil recuperar os cinco pontos de desvantagem para o lugar de acesso ao playoff de descida. Os azuis e brancos têm, à condição, quatro pontos de vantagem sobre o SC Braga na luta pelo pódio do campeonato.