Administração de Pinto da Costa passou cheque sem cobertura para segunda tranche de academia da Maia: FC Porto pode perder €680 mil já pagos
O cheque de 510 mil euros servia para pagar a segunda tranche dos terrenos na freguesia de Nogueira e Silva Escura. O problema foi abordado na última reunião do executivo municipal da Maia
Administração de Pinto da Costa passou cheque sem cobertura para segunda tranche de academia da Maia: FC Porto pode perder €680 mil já pagos
A SAD do FC Porto, ainda liderada por Pinto da Costa, passou um cheque à Câmara Municipal da Maia para pagar a segunda tranche da compra dos terrenos para a academia do clube, mas o cheque não teve cobertura bancária.
A notícia foi avançada pelo “Record” e, entretanto, confirmado junto do executivo municipal da Maia pelo Expresso. Segundo o jornal, o assunto foi abordado pela diretora do departamento de finanças da autarquia, Alexandra Carvalho, na última reunião camarária; e o presidente da Câmara, António Silva Tiago, disse que o antigo presidente do FC Porto e o ex-administrador financeiro da SAD, Fernando Gomes, lhe garantiram que o problema seria resolvido antes da tomada de posse da nova direção de André Villas-Boas.
O cheque de 510 mil euros servia para pagar a segunda tranche dos terrenos na freguesia de Nogueira e Silva Escura, junto às portagens da A3, “não tinha cobertura”, apontou a Câmara da Maia. Além disso, esclarece ainda que, caso o processo de hasta pública da academia do Porto caia, não se coloca a devolução da primeira tranche ao clube portista, no valor de 680 mil euros.
A ressalva foi feita depois de o “Record” também ter avançado que, caso o negócio caia, a SAD do FC Porto poderia reaver os 680 mil euros referentes à primeira tranche de 20% do valor adjudicado para a obra. O executivo acrescentou que “o processo está a ser analisado pelo departamento jurídico, que vai decidir quais os próximos passos”.
Além disso, o município também adiantou que o processo de publicação da hasta pública em Diário da República não foi colocado, ao contrário do que referiu o “Record”, e reiterou, como fez em comunicado há cerca de um mês, que não existem irregularidades no processo. Na altura, as alegadas ilegalidades foram denunciadas ao Expresso pelo vereador da oposição, Francisco Vieira de Carvalho (PS), e a autarquia prometeu agir judicialmente contra o autarca.