Expulsões de generais do Exército russo em plena guerra na Ucrânia

expulsões de generais do exército russo em plena guerra na ucrânia

Foto divulgada pela agência estatal russa Sputnik, mostra o presidente russo, Vladimir Putin (E), acompanhado do então ministro da Defesa e atual secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, em uma cerimônia no Dia do Defensor da Pátria em Moscou, em 23 de fevereiro de 2024

Nas últimas semanas, a Rússia prendeu vários generais e oficiais para reestruturar o quadro superior das Forças Armadas, questionado por elevados níveis de corrupção e ineficiência, no momento em que as tropas de Moscou buscam dar um novo impulso à ofensiva na Ucrânia.

As detenções mais recentes são as de Vadim Shamarin, subchefe do Estado-Maior para as Comunicações, e de Vladimir Verteletsky, chefe do serviço de departamento de compras públicas do Ministério da Defesa.

Shamarin foi preso na quarta-feira (22) por "ter aceitado um suborno particularmente significativo" e pode ser condenado a uma pena de até 15 anos de prisão. Segundo especialistas, as forças russas tiveram problemas consideráveis na área das comunicações no início da invasão à Ucrânia, fevereiro de 2022.

Já Verteletsky foi acusado de "abuso de poder no exercício de suas funções", segundo o Comitê de Investigação Russo, que afirmou que ele causou perdas de mais de 70 milhões de rublos (quase R$ 4 milhões na cotação atual).

As detenções se multiplicaram no Ministério da Defesa e nos altos escalões do Exército desde o final de abril, mas o Kremlin negou que haja uma campanha de perseguição em curso e garantiu se tratar, nesta ocasião, de uma típica operação anticorrupção.

"A luta contra a corrupção é um trabalho contínuo, não é uma campanha" de expulsões, garantiu à imprensa o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

Antes de Verteletsky e Shamarin, o vice-ministro da Defesa russo, Timur Ivanov, e Yuri Kuznetsov, chefe de recursos humanos do ministério, foram presos por corrupção.

Outro general, Ivan Popov, foi recentemente detido por "fraude".

Ao mesmo tempo, esta limpeza nos escalões superiores do Exército russo promoveu a chegada de tecnocratas ao seio da máquina de guerra do Kremlin. O ministro da Defesa de longa data de Vladimir Putin, Sergei Shoigu, foi substituído em meados de maio por um economista sem experiência militar, Andrei Belousov.

- 'Corrupção flagrante' -

Para o especialista militar russo Alexander Khramchikhin, as autoridades sabem "há muito tempo" que o orçamento da Defesa era usado de forma ineficiente, mas em tempos de guerra, esta realidade "tornou-se demasiadamente óbvia para fechar os olhos". Ainda mais levando-se em conta que a Rússia, alvo de sanções ocidentais, reorientou a sua economia para a indústria bélica, com um aumento de 70% no orçamento federal para a Defesa previsto em 2024.

Para evitar agitação, o Kremlin esperou pela remodelação do gabinete após a reeleição de Vladimir Putin para um quinto mandato, antes de lançar sua "caça às bruxas". "Em tempos de guerra, o dinheiro deve ser gasto corretamente. Daí a nomeação de Belousov: ele tem que garantir que tudo é feito corretamente e que o dinheiro não é desperdiçado", aponta o analista.

A corrupção no topo do Exército foi uma das principais críticas do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, que instigou uma rebelião frustrada em junho de 2023 e morreu dois meses depois em um acidente de avião em circunstâncias que permanecem sem esclarecimentos.

Ainda assim, os dois inimigos jurados de Prigozhin não foram "expurgados": o ex-ministro da Defesa Shoigu foi nomeado secretário do Conselho de Segurança russo e o Chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, permanece no cargo.

O futuro de outro general, Sergei Surovikin, altamente respeitado pelas tropas, mas que caiu em desgraça após a revolta de Wagner, continua incerto.

Surovikin foi visto em público pela última vez em setembro de 2023, durante uma visita à Argélia.

"A situação [no Exército] é grave e a corrupção é flagrante", disse um importante analista militar russo que pediu anonimato.

Na sua opinião, Vladimir Putin está consciente de que a guerra de desgaste contra a Ucrânia não pode durar para sempre e se vê obrigado a "tomar medidas radicais", "mudar os homens da retaguarda", onde "há problemas".

O objetivo é "obter resultados" na linha de frente, antes que o Exército ucraniano recupere forças com a chegada de novas armas ocidentais e a mobilização de novos soldados.

"O mais importante para o Kremlin é vencer a guerra, não derrotar a corrupção", afirma.

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