Presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos EUA abre investigação sobre rejeição à Andretti na F1
O presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre a rejeição da Liberty Media à entrada da Andretti na Fórmula 1, em uma escalada do interesse político acerca do caso.
Poucos dias depois de Mario Andretti ter comparecido ao Capitólio, sede do Poder Legislativo americano, o deputado republicano Jim Jordan escreveu aos proprietários da F1 exigindo explicações sobre o processo de tomada de decisão que bloqueou as esperanças de Andretti.
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“O Comitê do Judiciário é responsável por examinar a suficiência das leis federais de concorrência para proteger contra monopólios e outras restrições injustas ao comércio”, escreveu ele. “As ligas desportivas, como a F1, operam em uma área excepcional da lei antitruste, na qual algum grau de conluio é necessário para a criação do produto”.
“No entanto, quando uma liga se desvia de suas regras e práticas de forma a reduzir a concorrência e diminuir o interesse do consumidor, o conluio pode ser considerado uma conduta anticompetitiva.”
Jordan destacou que não aceitou algumas das explicações que a F1 deu para rejeitar a proposta da Andretti quando anunciou, em janeiro, que havia decidido não permitir que ela entrasse no grid em 2025.
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
“As desculpas apresentadas para negar a entrada da Andretti Cadillac parecem ser pretextuais, arbitrárias e sem relação com a adequação para competir na F1. Por exemplo, a F1 alegou que uma nova equipe só poderia agregar valor ‘competindo por pódios e vitórias em corridas'”.
“No entanto, a FIA já havia analisado – e aprovado – as capacidades técnicas da Andretti Cadilac para competir entre as equipes atuais, e a maioria das equipes atuais na F1 não atende ao padrão exigido peld categoria de competir regularmente por ‘pódios e vitórias em corridas’.
“A F1 também criticou a Andretti Cadillac por tentar usar um fabricante de motores existente, porque isso poderia ‘prejudicar o prestígio e a reputação’ da F1. Ao mesmo tempo, porém, a F1 declarou que se a Andretti Cadillac usasse um novo motor fabricado pela General Motors no primeiro ano da equipe, um novo motor criaria um desafio para a nova equipe”.
“A F1 não pode ter as duas coisas. A verdade, como explicou o presidente da FIA, Muhamed Ben Sulayem, é que a rejeição da Andretti Cadillac tem ‘tudo a ver com dinheiro'”.
O Comitê também considerou que os argumentos apresentados sobre uma 11ª equipe prejudicando os interesses das equipes atuais talvez sugerissem um comportamento anticompetitivo.
A carta acrescentou: “As equipes fracas querem ser protegidas da concorrência em detrimento dos consumidores e uma equipe adicional competiria por prêmios em dinheiro e patrocínios”.
“Se a F1 tiver que dificultar a concorrência e prejudicar os fãs para proteger os concorrentes fracassados, então todo o modelo da F1 pode estar quebrado e a entidade não pode se esconder atrás da necessidade de uma liga esportiva para buscar uma conduta anticompetitiva”.
“Atrasar a entrada da Andretti Cadillac na F1, mesmo que por um ano, prejudicará os consumidores americanos para beneficiar as equipes fracassadas da F1.”
Em uma tentativa de ajudar a investigação do Comitê sobre o assunto, Jordan exigiu documentos e um briefing sobre o que aconteceu. Ele solicitou todos os documentos e comunicações referentes ou relacionados ao processo de avaliação das inscrições das novas equipes e da Andretti, além de qualquer coisa relacionada à decisão da F1 de rejeitar sua inscrição em 31 de janeiro.
Além disso, ele solicitou todos os documentos e comunicações entre a F1 e as dez equipes atuais relacionados a novas entradas de equipes, e quaisquer comunicações relacionadas à entrada de novas equipes ou taxas anti-diluição no Pacto de Concórdia.
Ele solicitou um briefing o mais rápido possível e, no máximo, até 21 de maio.
Na semana passada, vários membros do Congresso escreveram para a F1 pedindo respostas sobre a decisão de Andretti e se as ações da F1 haviam ou não colocado “restrições irracionais à concorrência no mercado” que pudessem violar as leis dos EUA.
Em uma coletiva de imprensa em frente ao Capitólio dos EUA na semana passada, Mario Andretti disse: “Fizemos tudo o que nos foi pedido. Representei os EUA com orgulho em minha carreira na F1. Meus momentos de maior orgulho foram estar no topo do pódio com o hino nacional americano tocando”.
A F1 se recusou a comentar o assunto quando contatada pelo Motorsport.com.
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