“Na Coreia do Norte fui passear a pé e não vi ninguém na rua. Quando voltei ao hotel, a polícia tinha ligado, eu tinha ido longe demais”
Mauro Jerónimo sonhou ser jogador de futebol, mas uma lesão num joelho, aos 21 anos, fechou-lhe essa porta. Ingressou na faculdade e viu abrir-se uma janela, a de treinador, que não deixou escapar. Começou nas escolinhas do Benfica, foi treinador-adjunto no Pinhalnovense, no V. Setúbal e em Chipre. Pelo meio, viajou à volta do mundo em cruzeiros, como instrutor físico, para melhorar o inglês, até que ganhou asas e vou para a Ásia. Nesta primeira parte de entrevista, falamos das suas aventuras pela China e Taiwan, e de uma viagem inesquecível à Coreia do Norte
“Na Coreia do Norte fui passear a pé e não vi ninguém na rua. Quando voltei ao hotel, a polícia tinha ligado, eu tinha ido longe demais”
Nasceu em Ponta Delgada, nos Açores. Filho de quem?
O meu pai é do Alentejo, de Beja, e a minha mãe, da ilha de São Miguel. O meu pai era militar da Marinha, já está reformado, e esteve a trabalhar vários anos na ilha de São Miguel, onde conheceu a minha mãe, que ainda é professora de Filosofia.
Tem irmãos?
Tenho uma irmã dois anos mais velha e que, curiosamente, também vive há alguns anos na Ásia, em Hong Kong.
Era um miúdo muito ativo?
Quem nasce numa ilha como São Miguel, com tanta natureza, é habituado desde muito cedo a ser muito ativo. Não era um rapaz citadino. Sou rapaz de vila e de aldeia.
Passou toda a infância em São Miguel?
Não. Quando tinha ano e meio, o meu pai foi colocado na base do Alfeite e mudámos para a margem sul do Tejo. Vivíamos numa zona dura, a Quinta da Princesa.
Do que se lembra dessa altura?
Ainda tenho uma cicatriz de uma pedrada de bairro. Tenho umas quantas marcas de ‘guerra’ dessa altura. Era um bairro duro, havia tráfico de droga, e essa foi uma das razões que levou o meu pai a pedir a transferência para os Açores novamente. Regressei a São Miguel com oito ou nove anos.
Qual o primeiro desporto que começou a praticar?
Só me lembro de futebol. Não me lembro de fazer mais nada.
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