Marko tem promessa de se demitir da Red Bull e facilitar saída de Verstappen na F1

Apesar das vitórias e da ainda tranquila liderança do Mundial de Fórmula 1, a temporada 2024 da Red Bull tem quase nenhum momento de mares calmos. Após o anúncio da saída de Adrian Newey e a derrota em Miami, o novo elemento que se soma ao ano conturbado é que Helmut Marko acordo facilitar ao máximo a saída de Max Verstappen, caso o piloto queria. Prometeu até se demitir.

A informação é da emissora inglesa de TV BBC. Segundo o veículo, Marko garantiu a Verstappen que, se o atual tricampeão do mundo tomar a decisão de deixar a Red Bull na F1, irá se demitir antes para facilitar Max a se livrar do contrato com a marca dos energéticos.

Verstappen tem um gatilho no contrato, com duração até o fim de 2028, que garante o direito de rescisão do acordo no caso de Marko deixar equipe. Publicamente, Marko já havia dito que não ficaria no caminho do piloto, mas se mover na frente para facilitar a saída entrega outra camada para a possibilidade.

Oficialmente consultor da Red Bull, Marko tem um papel central como o meio de campo entre a equipe da F1 e o setor executivo da companhia, na Áustria. É um papel que exerce há quase 20 anos, desde a formação do time. Marko era amigo próximo do antigo presidente Dietrich Mateschitz, morto no fim de 2022. Embora continue com alta moral pelos lados da Áustria, já não tem mais a força que tinha nos tempos de Mateschitz.

Max Verstappen e Helmut Marko têm relação muito próxima (Foto: Red Bull Content Pool)

A perda de força é destacada na queda de braços interna que se instituiu nos últimos tempos e ganhou tração neste ano. De um lado, estão Marko e a divisão executiva na Áustria; do outro, o chefe da equipe da F1, Christian Horner, e os sócios majoritários da companhia, na divisão tailandesa. Antes, havia um acordo entre austríacos e tailandeses de que, apesar de menos ações, Mateschitz seria o responsável por tomar decisões executivas da companhia. Desde a perda do presidente, a estrutura da companhia ficou bem mais claudicante.

As coisas ficaram ainda mais complicadas desde que Horner foi acusado internamente de comportamento impróprio por uma funcionária, publicamente desconhecida. O chefe foi investigado pela Red Bull, mas considerado apto a seguir à frente do time. A funcionária foi afastada.

Logo após a definição da permanência de Horner, o pai de Max Verstappen, Jos Verstappen, chegou a dizer que Red Bull “corria o risco de rachar” se o chefe de equipe continuasse agindo como vítima. Aliás, Jos repetiu a afirmação após definição da saída de Newey. Max se recusou a ir contra a afirmação e se limitou a dizer que o pai “não é mentiroso”.

Até o momento, de acordo com a BBC, Verstappen não está inclinado a deixar a equipe em 2025, mas a possibilidade é real para 2026. Além de tudo, pela preocupação com as mudanças de motor e chassis na F1. Pela primeira vez na história, Red Bull irá produzir os próprios motores.

A Fórmula 1 retorna no fim de semana dos dias 17 a 19 de maio, com o GP da Emília-Romanha, no circuito de Ímola.

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