Cimeira do G7 fecha com a Itália a anunciar empréstimos de 150 milhões de dólares para África
Papa Francisco na cimeira do G7
O G7 em Apúlia terminou no sábado, mas foi na quinta e sexta-feira que se desenrolaram alguns dos momentos-chave da Cimeira com a presença histórica do Papa Francisco, a primeira vez que um líder religioso participa na cúpula, e os acordos de segurança e reconstrução da Ucrânia, firmados com Volodymyr Zelenskyy.
Na quinta-feira, Joe Biden voltou a prometer lealdade ao seu homólogo ucraniano em termos de segurança com a assinatura de um novo acordo. O Japão também demonstrou disponibilidade para colaborar com a Ucrânia em termos de segurança num pacto de 10 anos acordado entre os dois países.
Acordos que abriram caminho para o pacote de empréstimos de 46 mil milhões de euros a Kiev.
"Chegámos a um acordo político para prestar apoio financeiro adicional à Ucrânia, no valor de cerca de 50 mil milhões de dólares [46 mil milhões de euros], até ao final do ano, através de um sistema de empréstimos", disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Na sexta-feira, o Papa Francisco aproveitou a sua presença para desafiar os líderes mundiais a manter a dignidade humana em primeiro lugar no que diz respeito ao desenvolvimento da Inteligência Artificial, um dos temas desta cimeira. Francisco alertou para o facto de uma tecnologia tão poderosa correr o risco de transformar as próprias relações humanas em algoritmos.
As últimas reuniões bilaterais do G7
A fechar a cimeira, no sábado, houve ainda tempo para os últimos encontros bilaterais entre os líderes e para uma conferência de imprensa de encerramento por parte da anfitriã Giorgia Meloni.
A primeira-ministra de Itália encontrou-se com o seu homólogo do Canadá, Justin Trudeau, que assumirá no final do ano a liderança do G7 e fez saber que a próxima reunião terá lugar em Kananaskis, Alberta. Em seguida, Meloni ainda falou com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune e fechou as reuniões com o presidente do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (Afdb) Akinwumi Adesina, para discutir um plano de 150 milhões de dólares em empréstimos e subsídios para financiar projetos conjuntos no âmbito do Plano Mattei.
Nas redes sociais, Meloni demonstra afeto a Milei e a Modi
A primeira-ministra italiana esteve bastante ativa nas redes sociais, aproveitando a oportunidade do G7 para sublinhar a sua amizade com o presidente da Argentina, Javier Milei, publicando uma fotografia dos dois com a frase: "Viva a liberdade".
Em seguida, Meloni publicou um vídeo com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi fazendo reavivar a hashtag Melodi, que resulta na fusão dos dois apelidos que tem sido alvo de milhares de memes na Índia, após a visita de Meloni para o G20. Desde então, os utilizadores indianos espalharam milhares de memes que falavam de uma relação fictícia entre os dois. "Olá amigos, de #Melodi", é o texto que legenda o vídeo dos dois a acenar para a câmara. Modi ripostou ao vídeo, escrevendo "Viva a amizade Itália-Índia!".
Na sua mais recente publicação, Meloni agradeceu aos líderes que participaram na cimeira e ao Papa Francisco.
"Tornaram esta cimeira ainda mais significativa", escreveu a primeira-ministra.