PSP e GNR no Parlamento: Sindicatos não querem mas Movimento Zero e INOP vão responder ao apelo de Ventura

psp e gnr no parlamento: sindicatos não querem mas movimento zero e inop vão responder ao apelo de ventura

Polícias manifestam em frente ao Capitólio (José Sena Goulão/LUSA)

As duas principais associações representativas da GNR e a PSP demarcaram-se esta terça-feira da convocatória feita pelo Chega para a presença, na quinta-feira, no parlamento de elementos das forças de segurança, por existirem negociações em curso com o Governo.

“Quem deve convocar para qualquer ação devem ser as estruturas sindicais, não deve ser um partido político”, afirmou à Lusa César Nogueira, presidente da Associação Profissionais da Guarda (APG), a maior estrutura representativa da GNR.

No fim de semana, o presidente do Chega apelou a todos os polícias e forças de segurança para que "se mobilizem e compareçam no parlamento" na quinta-feira, data em que o partido apresentará um projeto de lei que prevê um subsídio adicional para aqueles profissionais.

“Achamos que a proposta do Chega, apesar de ser similar àquilo que é a proposta da plataforma [que junta várias estruturas da GNR e PSP e está a negociar com o executivo] é extemporânea, porque pode condicionar uma reunião que até já foi marcada para dia 9 com a senhora ministra e pode pôr um bocado em causa aquilo que é a negociação” com o Governo, explicou César Nogueira.

Por seu turno, Paulo Santos, da Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP), o maior sindicato da PSP, salientou que “o espaço dos partidos políticos será fazer a ação política e deixar que a mobilização seja feita pelos próprios representantes dos profissionais”.

“Nós respeitamos, obviamente, todos os partidos políticos que queiram fazer projetos para melhorar as nossas condições de vida” e “percebemos que o doutor André Ventura [líder do Chega] quer envolver polícias naquilo que é o projeto que ele próprio e o partido dele vai apresentar”, mas a ASPP não irá representar-se na quinta-feira, disse Paulo Santos.

“Tendo em conta que estamos no meio de uma negociação que ainda não foi concluída e tendo em conta que o espaço sindical e o espaço político são coisas que não se podem confundir, não vamos organizar um protesto ou uma mobilização, porque não foi definido e deliberado pelo sindicato, mas também não nos opomos àqueles que queiram marcar a sua posição e a sua presença nesse dia”, resumiu o dirigente da ASPP, que tal como a APG, aposta na negociação com o Governo.

“Queremos é que o Governo resolva o problema porque é ao Governo que compete resolver este problema criado pelo anterior”, quando atribuiu aumentos de subsídios apenas à Polícia Judiciária e aos serviços de informações.

Zero e INOP têm outra via

Movimentos inorgânicos de elementos da PSP e da GNR, bem como algumas estruturas sindicais, estão a mobilizar-se para a Assembleia da República na quinta-feira, respondendo à convocatória do Chega para o dia em que propõe um novo subsídio.

“O Movimento Zero apela a cada um de vós para que estejam presentes em frente à Assembleia da República. É uma oportunidade única para fazer ouvir a nossa voz, para exigir respeito e melhores condições de trabalho. A nossa mobilização pode fazer a diferença”, publicou nas redes sociais aquela estrutura inorgânica da PSP e GNR.

Em causa está a discussão de “projetos de lei e resoluções que têm um impacto direto nas nossas vidas e no desempenho das nossas funções”, refere o Movimento Zero, considerando que os diplomas “são de extrema importância para a dignificação e valorização” da classe.

Também o Movimento INOP, outra estrutura inorgânica que surgiu na plataforma Telegram em janeiro, se associou a esta causa: “A presença de todos é vital para demonstrarmos união e determinação na luta pelos nossos direitos”.

As principais associações representativas da GNR e a PSP demarcaram-se da convocatória feita pelo Chega por existirem negociações em curso com o Governo para o aumento do subsídio de risco.

O Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), que integra a plataforma e um dos sete sindicatos da PSP que tem direito a negociar com o Governo, comunicou a realização de uma concentração de agentes, por considerar que o debate deve ser acompanhado pelos seus associados.

“Antes de a posição [a convocatória] ser assumida pelo Chega”, o SIAP “já tinha feito esse apelo para os polícias comparecerem”, afirmou à Lusa o vice-presidente do SIAP Rui Neves.

“Nós apelamos aos nossos sócios para irem para lá em cumprimento estrito das regras” e “assistimos nas galerias ou assistimos cá fora, se as galerias estiverem cheias”, afirmou o dirigente, salientando que o SIAP comunicou a realização de uma concentração.

“Com o Estado de direito em que vivemos, sempre que há uma concentração e é obrigatório haver uma comunicação e nós fizemos essa comunicação por uma questão de salvaguarda das pessoas se poderem reunir cá fora”, explicou Rui Neves.

Também o Sindicato Vertical de Carreiras de Polícia, que não integra a plataforma e não tem direito negocial com o Governo devido ao reduzido número de associados, se associou à ação.

Num comunicado, o sindicato apela “à deslocação em massa dos polícias, familiares e sociedade em geral, quer para assistência da sessão plenária no interior do parlamento, quer para permanência no perímetro exterior” e promete um “reembolso equivalente a 50% do valor total do título de transporte” aos associados que compareçam.

As negociações entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre a atribuição de um subsídio de risco permanecem, ao fim de três meses, sem acordo depois de o MAI ter proposto um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Como contraposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, que inicialmente pediu 600 euros de aumento, propõe agora um aumento de 400 euros pago em três vezes: 200 euros este ano, 100 euros em 2025 e outros 100 em 2026.

OTHER NEWS

39 minutes ago

Mendonça suspende norma do TSE que pune federação se partido deixar de prestar contas

39 minutes ago

Biden admite que teve uma "noite má" no debate contra Trump

39 minutes ago

“Pelo contrário”; Mulher que fez massagem em Davi se pronuncia e faz aviso

39 minutes ago

PF indicia Bolsonaro em inquérito sobre joias estrangeiras, diz GloboNews

39 minutes ago

Produções modernas inspiradas em livros de William Shakespeare

39 minutes ago

CNU: governo prevê regras em caso de novo adiamento de provas

39 minutes ago

Carolina Mendes vai jogar no Racing Power

39 minutes ago

Governo vai trazer de volta benefícios fiscais para estrangeiros. "Precisamos de trabalhadores qualificados", diz ministro

39 minutes ago

Ricardo recorda primeiro casamento: “Não correu bem…”

39 minutes ago

WhatsApp tem mais uma novidade nos canais! Experimente já

39 minutes ago

Mia Khalifa rivela perché ha lasciato l’industria dei contenuti per adulti: “Non è quello che mi aspettavo”

43 minutes ago

Mano Menezes ignora rebaixamento e explica motivo de aceitar vir para o Fluminense: “Vivo desses desafios”

43 minutes ago

Juros futuros despencam pelo segundo dia após Lula defender equilíbrio fiscal

43 minutes ago

Charles Michel avisa Orbán que não pode ir a Moscovo falar em nome da UE

43 minutes ago

Maduro 'toma' Venezuela no começo de uma campanha presidencial incerta

43 minutes ago

Ministério revisa para cima projeção de superávit comercial

43 minutes ago

Komatsu dá as boas-vindas a Bearman: 'Ele está mais do que à altura da tarefa'

43 minutes ago

Zenless Zone Zero chegou; veja requisitos para rodar no PC e celulares!

43 minutes ago

Bernardo e os livres de Ronaldo: «Em junho todos sabem um pouco de futebol»

43 minutes ago

Pelo menos um piloto de F1 desaparece: quem deve ser temido e quem não deve?

43 minutes ago

Vídeo: A primeira visita de Remy Gardner à box da Yamaha no MotoGP

1 hour ago

Brasil atento à presença de grupo criminoso brasileiro em Portugal

2 hrs ago

Adeus, Manchester City: Ederson chega a acordo com novo clube e terá salário astronômico

2 hrs ago

'Novo Marcelo' e ex-Real Madrid, brasileiro é anunciado na 2ª divisão da França

2 hrs ago

Casagrande se preocupa e liga o sinal de alerta no Corinthians de Augusto Melo: "Não dá um minuto de sossego

2 hrs ago

Itens de higiene menstrual terão imposto zerado na reforma tributária

2 hrs ago

Pedrinho já tem nome para assumir o cargo de técnico do Vasco, diz jornalista

2 hrs ago

Governo trabalhista britânico buscaria reaproximação da UE?

2 hrs ago

Luís Bernardo, alvo de buscas pela PJ e pelo DCIAP, processa Global Media por falta de pagamento

2 hrs ago

Corinthians projeta estratégia e venda de Carlos Miguel acelera contratação de reforços

2 hrs ago

Vagner Mancini é anunciado como novo técnico de clube da Série A

2 hrs ago

Uruguai x Brasil: onde assistir, escalações e palpite

2 hrs ago

Mauro Naves, jornalista esportivo, sofre acidente e passa por cirurgia no rosto, diz colunista

2 hrs ago

Itaú Cultural disponibiliza 40 cursos gratuitos 100% online

2 hrs ago

Importação de veículos elétricos provoca queda na balança comercial

2 hrs ago

PF indicia Bolsonaro no caso das joias sauditas

2 hrs ago

Filme de Denys Arcand é mais tolo que as falhas do politicamente correto

2 hrs ago

Anfavea melhora previsão de vendas em 2024, mas reduz estimativa para produção

2 hrs ago

Para que estudar? Os jovens que sonham em virar "influencers"

2 hrs ago

Itaú anuncia superapp para 2025 que unifica seis ferramentas do banco