Os F-16 do Ocidente ainda não chegaram à Ucrânia mas já são um dos principais alvos da Rússia

Falcon (Senior Airman Karla Parra/U.S. Air Force)

Os primeiros caças F-16 ainda não chegaram à Ucrânia, mas já há uma ameaça à vista para os aviões que o Ocidente vai enviar para Kiev.

A pequena cidade de Starokostiantyniv vai ganhar outra importância durante este mês, quando começam a chegar os caças à base aérea, o que a torna num alvo preferencial para os ataques russos.

Tanto assim é que as últimas madrugadas têm sido intensas naquele local, nomeadamente a 27 de junho, em que um ataque à base aérea pode ser visto como um claro aviso de que a Rússia tem aquela zona debaixo de mira.

A agência Reuters sublinha que a cidade até já voltou ao normal, mas avisa que isso não deve continuar por muito tempo. De resto, e num exemplo claro da manhã desta terça-feira, a destruição do poder aéreo da Ucrânia é um objetivo claro da Rússia. É que o ministério russo da Defesa anunciou a destruição de cinco caças Su-27 em Myrhorod. Uma conta que a Ucrânia diz ser exagerada.

Os F-16 são mais potentes. Desde logo têm o potencial de aumentar a capacidade defensiva na linha da frente, nomeadamente pela destruição de bombas não-teleguiadas.

Os ataques a Starokostiantyniv nem são novidade, desde os primeiros dias da guerra que drones e mísseis hipersónicos caem na zona. O que se espera é que esse tipo de operação venha a aumentar consideravelmente.

À agência Reuters um responsável da Força Aérea ucraniana admitiu que os ataques, sobretudo se se confirmar uma intensificação dos mesmos, apresentam “algumas dificuldades” à operação. O mesmo militar garantiu, apesar de tudo, que isso não coloca em causa a entrega dos F-16 ou a sua utilização na batalha.

O que os analistas militares notam é uma maior predominância de ataques russos às infraestruturas das bases aéreas, nomeadamente às pistas e aos hangares, o que pode dificultar a colocação dos F-16 no ar e, em último caso, causar mesmo a destruição dos aviões ocidentais.