Nuvens de detritos individuais passam intermitentemente em frente da anã branca, bloqueando alguma da sua luz.
Num estudo recente publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, investigadores da Universidade de Warwick, em Inglaterra, lançaram luz sobre o destino final do sistema solar, projectando uma imagem simultaneamente fascinante e sombria do que nos espera daqui a cinco mil milhões de anos.
Esta descoberta científica fornece uma janela para o futuro distante, onde Mercúrio, Vénus e possivelmente a Terra enfrentarão um destino catastrófico ao serem consumidos pelo Sol. O estudo não só contempla o fim trágico destes planetas, mas também sugere que algumas das luas de Júpiter poderão partilhar o seu destino, deixando um rasto de destruição no que foi outrora o nosso sistema solar.
UM DESTINO ESCRITO NAS ESTRELAS
A investigação, conduzida por uma equipa internacional de astrofísicos, investiga as profundezas do que acontece em sistemas planetários semelhantes ao nosso quando as suas estrelas hospedeiras ficam sem energia e se tornam anãs brancas.
A Terra, cujo destino ainda está em suspenso, poderia escapar à incineração solar, mas mesmo nesse cenário alternativo, perderia a sua atmosfera e oceanos, tornando-se um deserto inóspito para a vida tal como a conhecemos.
Com o Sol a consumir actualmente hidrogénio no seu núcleo, a sua eventual transição para uma gigante vermelha e depois para uma anã branca marcará o epílogo de um ciclo estelar. Nesse futuro distante, apenas Marte e os gigantes gasosos – Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno – ficarão a orbitar o que será uma relíquia estelar.
O estudo revela ainda que os restantes asteróides e luas menores serão provavelmente desfeitos e transformados em pó, destinados a cair na estrela moribunda. Esta conclusão baseia-se na análise dos trânsitos – diminuição do brilho das estrelas provocada pela passagem de objectos à sua frente – que apresentam formas caóticas e irregulares, evidenciando o destino violento destes corpos celestes.
Os investigadores concentraram-se em três anãs brancas, cada uma com comportamentos divergentes, que vão da estabilidade à variabilidade caótica, ilustrando a complexidade e a rápida evolução destes sistemas. O professor Boris Gaensicke, da Universidade de Warwick, destacou a capacidade de detectar restos de asteróides e possivelmente luas em órbita de anãs brancas, sublinhando a natureza imprevisível destes trânsitos e o ambiente caótico em que se encontram.
OLHANDO PARA O FUTURO
Este prognóstico não só reflecte o ciclo de vida natural das estrelas e dos seus sistemas planetários, como também sublinha a complexidade e a natureza dinâmica do universo. Assim, o estudo não só expande a nossa compreensão da morte estelar como também realça a natureza efémera dos sistemas planetários, incluindo o nosso.
Ao contemplarmos o nosso futuro daqui a cinco mil milhões de anos, testemunhamos o avanço inexorável do cosmo, um lembrete da constante evolução e transformação que governa o universo.
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